Manutenção de cepas de Campylobacter jejuni em laboratório após uso de crioprotetores e pré-tratamento de estresse
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2019v40n6Supl2p3305Palavras-chave:
Campilobacteriose, Criopreservação, RT-PCR, Virulência.Resumo
Este estudo avaliou a viabilidade e a produção de transcritos dos genes sodB, p19, ciaB e dnaJ em cepas de Campylobacter jejuni ATCC 33291, NCTC 11351 e 2383 IAL armazenadas em leite integral UHT e / ou neopeptona + 12% glicerol, submetidas ou não a pré-tratamentos a 4°C ou 10°C durante 30 minutos. As análises foram realizadas imediatamente após o congelamento em nitrogênio líquido (dia 0) e após a manutenção por 30, 60 e 90 dias à -20ºC. A viabilidade foi avaliada pelo método tradicional de cultura e a produção de transcritos, pela técnica de RT-PCR. A quantificação só foi possível no primeiro dia de análise (dia 0) e apresentou uma média de 3,0 x 107 UFC, e nos demais períodos de armazenamento as cepas apresentaram crescimento confluente, não permitindo sua enumeração. Os resultados indicaram que o leite integral UHT foi mais adequado para criopreservação em relação ao uso de neopeptona + 12% glicerol. A utilização de pré-tratamentos combinados com o uso de leite UHT como meio crioprotetor estabilizou as células para transcrever os genes ciaB, dnaJ, sodB e p19 nas cepas mantidas abaixo de -20° por 30 a 60 dias, indicando que são métodos mais adequados para a manutenção de cepas em laboratório.Métricas
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