Potencial fisiológico de sementes de milho pipoca submetidas ao estresse hídrico após tratamento com biorregulador
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2019v40n2p573Palavras-chave:
Germinação, Regulador de crescimento, Restrição hídrica, Zea mays L.Resumo
O desempenho de sementes é um dos pontos chave para que o desenvolvimento da cultura se transforme em alta produtividade. Este trabalho teve por objetivo avaliar o potencial fisiológico de sementes de cultivares de milho pipoca (IAC 125 e BRS-Ângela) tratadas com biorregulador Stimulate®, sob estresse hídrico. Sementes de milho pipoca foram submetidas a diferentes níveis de potencial osmótico 0; -0,1; -0,3; -0,6 e -0,9 MPa, induzidos pelo manitol, após serem tratadas com biorregulador na dose de 1,5 L 100 kg-1 de sementes. O experimento foi conduzido no delineamento inteiramente casualizado, em esquema fatorial 5 × 2 × 2 (níveis de potencial osmótico x cultivares x ausência e presença do biorregulador). As variáveis avaliadas foram: primeira contagem e contagem final do teste padrão de germinação, comprimento da parte aérea, comprimento de raiz primária e biomassa seca das plântulas. O tratamento de sementes de milho pipoca com biorregulador é ineficiente na melhoria do potencial fisiológico em condições normais e de pouca restrição hídrica, porém em condições em que a água possa ser limitada, o uso do biorregulador influencia positivamente na germinação, crescimento e desempenho inicial das plântulas.Downloads
Referências
ABATI, J.; BRZEZINSKI, C. R.; ZUCARELI, C.; HENNING, F. A.; ALVES, V. F. N.; GARCIA, V. V. Qualidade fisiológica de sementes de trigo tratadas com biorregulador em condições de restrição hídrica. Informativo Abrates, Londrina, v. 24, n. 1, p. 32-36, 2014.
ALLARD, R. W. Principles of plant breeding. 2th ed. New York: J. Wiley, 1960. 381 p.
BARBIERI, A. P. P.; HUTH, C.; ZEN, H. D.; BECHE, M.; HENNING, L. M. M.; LOPES, S. J. Tratamento de sementes de milho sobre o desempenho de plântulas em condições de estresse salino. Revista de Ciências Agrárias, Belém, v. 57, n. 3, p. 305-311, 2014.
CAETANO, M. Frustração na Copa faz milho pipoca perder área de plantio. São Paulo: Jornal Valor Econômico, 2016. 1 p. Disponível em: http://www.valor.com.br/agro/4592837/frustracao-na-copa-faz-milho-pipoca-perder-area-de-plantio. Acesso em: 1 nov. 2016.
CARVALHO, C.; KIST, B. B.; SANTOS, C. E.; MULLER, I.; BELING, R. R. Anuário brasileiro do milho 2015. Santa Cruz do Sul: Editora Gazeta Santa Cruz, 2015. 112 p.
CARVALHO, N. M. de; NAKAGAWA, J. (Ed.). Sementes: ciência, tecnologia e produção. Jaboticabal: FUNEP, 2012. 588 p.
CHRISTOVAM, M. C.; SILVA, T. L.; YAMAMOTO, C. J. T.; MOREIRA, A. L. L.; CUSTÓDIO, C. C.; PACHECO, A. C.; ABRANTES, F. L. Germinação e desenvolvimento inicial de plântulas de cultivares de Urochloa brizantha em condições de estresse hídrico. Informativo Abrates, Londrina, v. 25, n. 1, p. 43-49, 2015.
COELHO, D. L. M.; AGOSTINI, E. A. T. de; GUABERTO, L. M.; MACHADO NETO, N. B.; CUSTÓDIO, C. C. Estresse hídrico com diferentes osmóticos em sementes de feijão e expressão diferencial de proteínas durante a germinação. Acta Scientiarum Agronomy, Maringá, v. 32, n. 3, p. 491-499, 2010.
COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO - CONAB. Acompanhamento da safra brasileira de grãos: 9º levantamento, junho/2018. v. 5, SAFRA 2017/18. Brasília: Conab, 2018. Disponível em: https://www.conab.gov.br/info-agro/safras/graos. Acesso em: 3 jul. 2018.
CONUS, L. A.; CARDOSO, P. C.; VENTUROSO, L. R.; SCALON, S. P. Q. Germinação de sementes e vigor de plântulas de milho submetidas ao estresse salino induzido por diferentes sais. Revista Brasileira de Sementes, Londrina, v. 31, n. 4, p. 67-74, 2009.
COSTA, P. R.; CUSTÓDIO, C. C.; MACHADO NETO, N. B.; MARUBAYASHI, O. M. Estresse hídrico induzido por manitol em sementes de soja de diferentes tamanhos. Revista Brasileira de Sementes, Londrina, v. 26, n. 2, p. 105-113, 2004.
ELLI, E. F.; MONTEIRO, G. C.; SOUZA, S. M. K.; CARON, B. O.; SOUZA, V. Q. Potencial fisiológico de sementes de arroz tratadas com biorregulador vegetal. Revista Ciência Agronômica, Fortaleza, v. 47, n. 2, p. 366-373, 2016.
FERREIRA, D. F. SISVAR: a computer statistical analysis system. Ciência e Agrotecnologia, Lavras, v. 35, n. 6, p. 1039-1042, 2011.
FERREIRA, L. A.; OLIVEIRA, J. A.; VON PINHO, E. V. R.; QUEIROZ, D. L. Bioestimulante e fertilizante associados ao tratamento de sementes de milho. Revista Brasileira de Sementes, Londrina, v. 29, n. 2, p. 80-89, 2007.
KAPPES, C.; ANDRADE, J. A. C.; HAGA, K. I.; FERREIRA, J. P.; ARF, M. V. Germinação, vigor de sementes e crescimento de plântulas de milho sob condições de déficit hídrico. Scientia Agraria, Curitiba, v. 11, n. 2, p. 125-134, 2010.
KHAJEH-HOSSEINI, M.; POWELL, A. A.; BINGHAM, I. J. The interaction between salinity stress and seed vigor during germination of soybean seeds. Seed Science and Technology, Zurich, v. 31, n. 3, p. 715-725, 2003.
KRAMER, P. J. Fifty years of progress in water relations research. Plant Physiology, Lancaster, v. 54, n. 4, p. 463-471, 1974.
LACA-BUENDIA, J. P. Efeito de doses de reguladores de crescimento no algodoeiro (Gossypium hirsutum L.). Revista Brasileira de Fisiologia Vegetal, Londrina, v. 1, n. 1, p. 109-113, 1989.
LEITE, V. M.; ROSELEM, C. A.; RODRIGUES, J. D. Gibberellin and cytokinin effects on soybean growth. Scientia Agricola, Piracicaba, v. 60, n. 3, p. 537-541, 2003.
LESZCZYNSKI, R.; BRACCINI, A. L.; ALBRECHT, L. P.; SCAPIM, C. A.; PICCININ, G.; DAN, L. G. M. Influence of bio-regulators on the seed germination and seedling growth of onion cultivars. Acta Scientiarum, Maringá, v. 34, n. 2, p. 187-192, 2012.
MACHADO, J. C.; OLIVEIRA, J. A.; VIEIRA, M. G. G. C.; ALVES, M. C. Uso da restrição hídrica na inoculação de fungos em sementes de milho. Revista Brasileira de Sementes, Brasília, v. 23, n. 2, p. 88-94, 2001.
MACHADO NETO, N. B.; SATURNINO, S. M.; BOMFIM, D. C.; CUSTÓDIO, C. C. Water stress induced by mannitol and sodium chloride in soybean cultivars. Brazilian Archives of Biology and Technology, Curitiba, v. 47, n. 4, p. 521-529, 2004.
MOTERLE, L. M.; SANTOS, R. F.; SCAPIM, C. A.; BRACCINI, A. L.; BONATO, C. M.; CONRADO, T. Efeito de biorregulador na germinação e no vigor de sementes de soja. Revista Ceres, Viçosa, v. 58, n. 5, p. 651-660, 2011.
MOTERLE, L. M.; LOPES, P. C.; BRACCINI, A. L.; SCAPIM, C. A. Germinação de sementes e crescimento de plântulas de cultivares de milho-pipoca submetidas ao estresse hídrico e salino. Revista Brasileira de Sementes, Londrina, v. 28, n. 3, p. 169-176, 2006.
MUNNS, R.; TESTER, M. Mechanisms of salinity tolerance. Annual Review of Plant Biology, Palo Alto, v. 59, n. 1, p. 651-681. 2008.
NAKAGAWA, J. Testes de vigor baseados no desempenho das plântulas. In: KRZYZANOWSKI, F. C.; VIEIRA, R. D.; FRANÇA-NETO, J. B. (Ed.). Vigor de sementes: conceitos e testes. Londrina: Abrates, 1999. cap. 3, p. 1-24.
PINTO, R. J. B. Introdução ao melhoramento genético de plantas. 2. ed. Maringá: Eduem, 2009. 351 p.
SALISBURY, F. B.; ROSS, C. Plant physiology. 4. ed. Belmont: Wadsworth, 1992. 682 p.
SANTOS, C. A. C; PEIXOTO, C. P.; VIEIRA, E. L.; CARVALHO, E. V.; PEIXOTO, V. A. B. Stimulate® na germinação de sementes, emergência e vigor de plântulas de girassol. Bioscience Journal, Uberlândia, v. 29, n. 2, p. 605-616, 2013.
SCHEEREN, B. R.; PESKE, S. T.; SCHUCH, L. O. B.; BARROS, A. C. A. Qualidade fisiológica e produtividade de sementes de soja. Revista Brasileira de Sementes, Londrina, v. 32, n. 3, p. 035-041, 2010.
SCHWECHHEIMER, C. Understanding gibberellic acid signaling: are we there yet? Current Opinion in Plant Biology, London, v. 11, n. 1, p. 9-15, 2008.
STENZEL, N. M. C.; MURATA, I. M.; NEVES, C. S. V. J. Superação da dormência em sementes de atemóia e fruta-do-conde. Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal, v. 25, n. 2, p. 305-308, 2003.
STOLLER DO BRASIL. Stimulate Mo em hortaliças. Cosmópolis: Divisão Arbore, 1998. 1 p. (Informativo técnico).
TAIZ, L.; ZEIGER, E. Fisiologia vegetal. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2009. 819 p.
TOORCHI, M.; YUKAWA, K.; NOURI, M.; KOMATSU, S. Proteomics approach for identifying osmotic-stress-related proteins in soybeans roots. Peptides, New York, v. 30, n. 12, p. 2108-2117, 2009.
VAZ-DE-MELO, A.; SANTOS, L. D. T.; FINOTO, E. L.; DIAS, D. C. F. S.; ALVARENGA, E. M. Germinação e vigor de sementes de milho-pipoca submetidas ao estresse térmico e hídrico. Bioscience Journal, Uberlândia, v. 28, n. 5, p. 687-695, 2012.
VIEIRA, E. L.; CASTRO, P. R. C. Ação de Stimulate no desenvolvimento inicial de plantas de algodoeiro (Gossypium hirsutum L.). Piracicaba: USP, 2002. 3 p.
VIEIRA, E. L.; CASTRO, P. R. C. Ação de bioestimulante na cultura da soja (Glycine max (L.) Merrill), Cosmópolis: Stoller do Brasil, 2004. 47 p.
VIEIRA E. L.; MONTEIRO, C. A. Hormônios vegetais. In: CASTRO, P. R. C.; SENA, J. O. A.; KLUGE, R. A. (Ed.). Introdução à fisiologia do desenvolvimento vegetal. Maringá, Eduem, 2002. p. 79-104.
VIEIRA, E. L.; SANTOS, C. M. G. Stimulate® na germinação de sementes, vigor de plântulas e crescimento inicial de plantas de algodoeiro. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ALGODÃO, 5., Salvador. Anais... Embrapa Algodão. p. 163-163. 2005.
PEREIRA FILHO, I. A. P.; CRUZ, J. C.; PACHECO, C. A. P.; COSTA, R. V. Árvore do conhecimento: milho pipoca. Brasília: Agência Embrapa de informação tecnológica, 2016. 1 p. Disponível em: http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/. Acesso em: 18 set. 2016.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2019 Semina: Ciências Agrárias
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Semina: Ciências Agrárias adota para suas publicações a licença CC-BY-NC, sendo os direitos autorais do autor, em casos de republicação recomendamos aos autores a indicação de primeira publicação nesta revista.
Esta licença permite copiar e redistribuir o material em qualquer meio ou formato, remixar, transformar e desenvolver o material, desde que não seja para fins comerciais. E deve-se atribuir o devido crédito ao criador.
As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.
A revista se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua e a credibilidade do veículo. Respeitará, no entanto, o estilo de escrever dos autores. Alterações, correções ou sugestões de ordem conceitual serão encaminhadas aos autores, quando necessário.