Condutividade hidráulica do solo saturado medida por duas metodologias em posições de amostragem relativa às linhas e entrelinhas da cultura do milho

Resumo

A condutividade hidráulica do solo saturado (Ks) reflete a habilidade do sistema poroso em transferir água no sistema solo-planta. O objetivo deste trabalho foi medir a Ks por meio de duas metodologias, sendo uma realizada em laboratório com aplicação de carga constante em amostras indeformadas, denominada aqui de metodologia padrão, e outra, proposta por Bagarello et al. (2004), consistindo de uma técnica de carga decrescente simplificada que mede a Ks in situ (SFH), bem como verificar suas correlações com outros atributos físicos do solo A metodologia SFH é mais simples, rápida e não necessita de equipamentos sofisticados, podendo ser executada diretamente em campo. O experimento foi conduzido em Floresta-PR, na unidade de difusão de tecnologia da Cocamar, constando de 4 tratamentos, sendo: entrelinha da cultura do milho sem tráfego recente de máquinas (MI); entrelinha da cultura do milho trafegada por colhedora (MIT); linha da cultura do milho (MR) e posição relativa à linha da cultura da braquiária semeada em consórcio e na entrelinha da cultura do milho (BR). Em cada tratamento foram definidos 10 pontos de amostragem (repetições), onde foi feita a determinação da Ks pela SFH e a tomada de uma amostra indeformada que foi utilizada para medir a Ks em laboratório. Os valores de Ks medidos pelas abordagens metodológicas foram comparados por meio dos seguintes índices estatísticos, com seus respectivos resultados: índice de concordância de Willmott (0.944), do erro máximo (1,269) e erro absoluto médio (0,291), da raiz quadrada do erro médio normalizado (0,45), do coeficiente de determinação (0,88), do coeficiente de massa residual (0,07), do coeficiente de eficiência (0,72), do índice de desempenho (0,80) e da correlação de Pearson (0,85). Pôde-se concluir que existe elevada concordância entre as metodologias estudadas, com valores medidos próximos entre si, com destaque para a metodologia SFH, a qual apresentou coeficiente de variação 1,4 vezes menor que a metodologia padrão utilizada para determinação de Ks.