Territorialidades do Racismo: crítica ao habitar colonial no “Quarto de Despejo”, de Carolina Maria de Jesus
DOI:
https://doi.org/10.5433/2447-1747.2025v34n1p151%20Palabras clave:
Colonialidad; Ciudad Racista; Geografía y Literatura.Resumen
La obra “Quarto de Despejo” de Carolina Maria de Jesus, escrita en 1955 y publicada en 1960, sigue siendo una referencia en la literatura brasileña. Una obra en forma de diario (realista-ficticio) llena de vivencias cotidianas en el suburbio de Canindé, en São Paulo, atravesada por tensiones raciales expresadas en su particular escritura. Al leer este trabajo, nuestro objetivo es problematizar las territorialidades del racismo como expresión del vivir colonial. Esto se refiere a la fractura ontológica colonial que constituye la experiencia de la colonialidad, especialmente para los hombres negros y mujeres negras del continente. El racismo se territorializa en una ciudad excluyente, manifestado en la corporalidad y el simbolismo espacial de la imagen literaria del autor. Leer “Quarto de Despejo” es vislumbrar los cuerpos y las casas humildes, en su precariedad y vulnerabilidad, de una forma de vivir que niega ciertas formas de existencia.
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