Análise de Concepções de Campo e Cidade de Alunos de Áreas Rurais e Urbanas e a Aprendizagem Geográfica
Abstract
Nesta pesquisa analisaram-se concepções de campo e cidade de vinte e nove alunos do último ano da Educação Básica, moradores de áreas rurais do distrito de Lerroville, município de Londrina, do município de Tamarana e das sedes (áreas urbanas) do referido distrito e município, localizados no norte do estado do Paraná, Brasil, com o intuito de responder a seguinte questão de pesquisa: Quais as percepções dos alunos sobre campo e cidade, do lugar onde vivem e como elas contribuem para a concepção de ensinar Geografia, visando à formação conceitual, de modo a contemplar elementos da relação entre os espaços rurais e urbanos? Objetivou-se identificar vínculos de pertencimento destes estudantes em relação aos espaços rurais e urbanos, interpretar como as relações entre campo e cidade são por eles apreendidas e apontar fragilidades e potencialidades da aprendizagem geográfica escolar no tocante a formação conceitual referente a estes dois espaços. Para tanto, procurou-se compreender a complexidade das relações entre campo e cidade tomando-se o lugar como categoria de análise geográfica, respaldando-se também em alguns preceitos da Educação do Campo. As concepções dos alunos foram analisadas com foco na palavra enquanto generalização na qual o pensamento traduz-se em linguagem, sob a perspectiva da formação conceitual vygotskyana, utilizando-se a abordagem qualitativa e procedimentos da Análise de Conteúdo de Bardin (2011) para a organização e interpretação dos dados produzidos pelos alunos segundo três instrumentos de coleta de dados: um teste de associação de palavras, uma produção de texto e uma entrevista semi-estruturada. Constatou-se que a interdependência entre os espaços rurais e urbanos, com ênfase no viés econômico norteia as concepções dos alunos, caracterizadas também pela ideia de que não há uma ruralidade e uma urbanidade, mas ruralidades e urbanidades; e a existência de fragilidades e potencialidades da aprendizagem geográfica escolar: a reduzida utilização dos conceitos de campo e cidade enquanto instrumentos do pensamento e, pois, a ausência de uma linguagem geográfica, que resulta na potencialidade desta disciplina em explorar mais apropriadamente os conceitos no ensino-aprendizagem escolar, no sentido de mediarem simbolicamente à compreensão de determinado objeto de estudo. Pretende-se que este trabalho contribua para a construção de concepções de ensinar Geografia visando à formação conceitual de modo a contemplar elementos da relação entre os espaços rurais e urbanos.
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