Agronegócio e Fundos de Investimento ESG no Brasil: impactos socioambientais

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/2447-1747.2024v33n2p149

Palavras-chave:

agronegócio; ESG; capital financeiro; fundos de investimento; sustentabilidade

Resumo

Os princípios ESG (Ambiental, Social e Governança) desempenham um papel central no mercado financeiro, influenciando os investimentos. Na Bolsa de Valores do Brasil, diversos índices de sustentabilidade, como o ISE B3 e o IGPTW B3, e emissões de títulos verdes, sociais ou sustentáveis, como a Cédula de Produtor Rural Verde, são evidências desse movimento. No agronegócio brasileiro, embora a implementação de políticas ESG seja desafiadora devido a problemas como corrupção, desmatamento e condições de trabalho, as corporações enfrentam pressão dos consumidores e do mercado financeiro para adotar práticas alinhadas a esses princípios. Este artigo visa analisar os impactos socioambientais da atuação dos fundos ESG no agronegócio brasileiro, com foco na SLC Agrícola, empresa com toda sua produção concentrada no cerrado. A metodologia incluiu pesquisa bibliográfica e análise de dados da Bolsa de Valores, do Relatório de Sustentabilidade da empresa, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais e da Comissão Pastoral da Terra. Observou-se que a SLC Agrícola demonstra sensibilidade às demandas ESG, refletida em alocação de recursos e ações ambientais, sociais e de governança. No entanto, existem conflitos sociais e desmatamento em áreas onde a empresa atua, levantando questões sobre a efetividade das práticas ESG no agronegócio.

Biografia do Autor

Larissa Galli Malatrasi, Universidade de Brasília (UnB)

Discente do curso de Geografia da Universidade de Brasília (UnB).

Juscelino Eudâmidas Bezerra, Universidade de Brasília (UnB)

Professor Adjunto na Universidade de Brasília (UnB). Doutor em Geografia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp-Presidente Prudente).  

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Publicado

2024-06-30

Como Citar

Malatrasi, L. G., & Bezerra, J. E. (2024). Agronegócio e Fundos de Investimento ESG no Brasil: impactos socioambientais. GEOGRAFIA (Londrina), 33(2), 149–166. https://doi.org/10.5433/2447-1747.2024v33n2p149