Antivalor (ainda) como possibilidade: fundo público e produção do espaço
DOI:
https://doi.org/10.5433/2447-1747.2022v31n2p25Palavras-chave:
Antivalor, Fundo público, Espaço geográfico.Resumo
No presente artigo discute-se como as teorizações acerca do fundo público e do antivalor podem ser mobilizadas para pensar a dinâmica do espaço geográfico. Mais precisamente, é argumentado tratar-se de uma brecha para promoção de usos alternativos do território e dos objetos geográficos. Isto é: usos não alinhados diretamente aos automatismos do valor, e que podem ser decididos por meio da arena política, palco de disputas e lutas sociais. Para tanto, são recuperadas discussões pertinentes ao tema do fundo público, partindo principalmente das contribuições de Francisco de Oliveira, além de desdobramentos mais recentes do debate sobre o tema em tela. Também, há recurso à descrição da teoria monetária moderna para indicar a autonomia relativa do orçamento público, o que ressalta as potencialidades do fundo público como brecha para promoção de um princípio de sociabilidade alternativo à lei de valorização. Por fim argumenta-se que, por mais que a presente conjuntura coloque inúmeros obstáculos à via reformadora do antivalor, o fundo público persiste como uma arena merecedora de ser disputada, sob pena da persistência de sua captura por interesses privados em detrimento da construção de uma esfera pública.Referências
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2022-07-03
Como Citar
Costa, B. M. R. (2022). Antivalor (ainda) como possibilidade: fundo público e produção do espaço. GEOGRAFIA (Londrina), 31(2), 25–45. https://doi.org/10.5433/2447-1747.2022v31n2p25
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