Diferenciação Sócioespacial e Percepções da Espacialidade de Maputo - Cidade

Autores

  • Luiz Adriano Guevane Universidade Pedagógica de Maputo

DOI:

https://doi.org/10.5433/2447-1747.2020v29n2p9

Palavras-chave:

Geografia da percepção, Cidade, Imagem verticalizada, Imagem horizontalizada, Limites percepcionados.

Resumo

Refletir em torno da percepção da imagem espacial de cidade, no caso vertente de Maputo-Cidade, constituiu o objetivo central deste artigo. Para detectar as referidas percepções, à luz da geografia da percepção, metodologicamente, sem deixar de lado as vivências e experiências do autor sobre o assunto em causa, usou-se, por um lado, a técnica de análise de textos e, por outro, administrou-se um inquérito. O mote orientador do artigo foi a busca de razões para o fato de a “imagem verticalizada” prevalecer sobre a “imagem horizontalizada” na determinação do entendimento de cidade. A partir da análise de textos concluímos que a percepção de diferenciação espacial funda-se no caráter alógeno e na rápida urbanização da cidade de Maputo. Este aspecto é encontrado na pesquisa de campo, por meio da protuberância da “imagem verticalizada” que gera uma diversidade de limites percepcionados e condiciona as percepções relativas ao conteúdo do conceito cidade.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Luiz Adriano Guevane, Universidade Pedagógica de Maputo

Doutor, Docente da Universidade Pedagógica de Maputo,Departamento de Geografia, Moçambique.

Referências

ARAÚJO, J. A. Sobre a cidade e o urbano em Henri Léfèbvre. GEOUSP: espaço e tempo (Online), São Paulo, n. 31, p. 133-142, ago. 2012. Disponível em: http://www.revistas.usp.br/geousp/article/view/74258/77901. Acesso em: 31 jul. 2018.

ARAÚJO, M. Os espaços urbanos em Moçambique. GEOUSP: espaço e tempo (Online), São Paulo, n. 14, p. 165 -182, 2003. Disponível em: http://www.revistas.usp.br/geousp/article/view/123846. Acesso em: 17 ago. 2018.

ARAÚJO, M. População das cidades de Maputo e Matola: espaços urbanos multifacetados. Maputo: Centro de Estudos da População (CEP): UEM, 2005.

ARAÚJO, M. Ruralidades-urbanidades em Moçambique. Conceitos ou preconceitos? Revista da Faculdade de Letras: geografia. Porto, v. 18, p. 5-11, 2002.

FEIJÓ, J. Investimentos económicos, assimetrias socio-espaciais e movimentos migratórios. In: FEIJÓ, J.; RAIMUNDO, I. M. (coord.). Movimentos migratórios para áreas de concentração de grandes projectos. Maputo: PubliFix Edições, 2018. p. 17-61.

FORJAZ, J. (coord.). Moçambique, melhoramento dos assentamentos informais, análise da situação & proposta de estratégias de intervenção. Maputo: Direcção Nacional de Planeamento e Ordenamento Territorial (DINAPOT): Ministério para a Coordenação da Acção Ambiental (MICOA), 2006.

FRANCISCO, A. A. S.; PAULO, M. Impacto da economia informal na protecção social, pobreza e exclusão: a dimensão oculta da informalidade em Moçambique. Maputo: Cruzeiro Sul e Centro de Estudos Africanos, 2006.

GAVA, A. Sobre a definição de observação como percepção verdadeira justificada. Scientiae Zudia, São Paulo, v. 13, n. 1, p. 123-41, 2015.

HASSENPFLUG, D. Sobre centralidade urbana. Arquitextos, São Paulo, ano 8, n. 85, jun. 2007. Disponível em: https://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/08.085/235. Acesso em: 20 jul. 2018.

KANASHIRO, M. A cidade e os sentidos: sentir a cidade. Desenvolvimento e Meio Ambiente, Curitiba, n. 7, p. 155-160, jan./jun. 2003.

LENCIONE, S. Observações sobre o conceito de cidade e urbano. GEOUSP: espaço e tempo (Online), São Paulo, n. 24, p. 109-123, abr. 2008. Disponível em: http://www.revistas.usp.br/geousp/article/view/74098/77740. Acesso em: 20 jul. 2018.

MALANSKI, L. M. Geografia humanista: percepção e representação espacial. Revista Geográfica de América Central, Heredia, n. 52, p. 29-50, 2014. Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=451744543002. Acesso em: 15 jul. 2018.

MUÑOZ, J. L. V. Análisis de textos en geografía de la percepción: estado de la cuestión y bases conceptuales. Baetica: estudios de arte, geografía e historia, Teatinos, v. 32, p. 127- 146, 2010.

SANTOS, M. A Cidade como centro de região: definições e métodos de avaliação da centralidade. Salvador: Livraria Progresso Editora, 1959.

SCOCUGLIA, J. B. C.; CHAVES, C.; LINS, J. Percepção e memória da cidade: o ponto de cem réis. Arquitextos, São Paulo, ano 6, n. 68, jan. 2006. Disponível em: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/06.068/393. Acesso em: 30 jul. 2018.

SMITH, P. J. A Percepção como uma relação: uma análise do conceito comum de percepção. Analytica, Rio de Janeiro, v. 18, n. 1, p. 109-132, 2014.

SURVEYMONKEY. Calculadora de tamanho de amostra. Disponível em: https://pt.surveymonkey.com/mp/sample-size-calculator/. Acesso em: 20 jul. 2018.

VASCONCELOS, P. A. A cidade, o urbano, o lugar. GEOUSP: espaço e tempo (Online), São Paulo, n. 6, p. 11 -15, ago. 2006. Disponível em: http://www.revistas.usp.br/geousp/article/view/123359/119695. Acesso em: 31 jul. 2018.

VIANA, D. L. A urbanização extensiva [in]formal em Maputo a partir da reticula colonial. In: CONGRESSO INTERNACIONAL SABER TROPICAL EM MOÇAMBIQUE: HISTÓRIA, MEMÓRIA E CIÊNCIA, 2012, Lisboa. Atas [...]. Lisboa: Instituto de Investigação Científica Tropical (IICT), 2012. p. 1-21.

VIANA, D. L.; SANZ, J.; NATÁLIO, A. Aprendendo com a forma urbana de Maputo (in)formal. Revista de Morfologia Urbana, Porto Alegre, v. 1, p. 17-30, 2013.

Downloads

Publicado

2020-06-30

Como Citar

Guevane, L. A. (2020). Diferenciação Sócioespacial e Percepções da Espacialidade de Maputo - Cidade. GEOGRAFIA (Londrina), 29(2), 9–27. https://doi.org/10.5433/2447-1747.2020v29n2p9

Edição

Seção

Artigos