Blake e a voz profética do Diabo: dualidade corpo e mente em paralelo a texto e imagem
DOI:
https://doi.org/10.5433/el.2017v19.e30714Palavras-chave:
Dualidade, Demônio, Arte compósitaResumo
Para além da querela crítica e teórica entre pintura e poesia, os livros iluminados de William Blake podem ser abordados como uma forma de arte híbrida e compósita. Nessa acepção, pretendemos analisar a relação entre o texto e as imagens da lâmina quatro da obra O Matrimônio de Céu e Inferno, intitulada A Voz do Diabo. Essa sessão ataca ideias religiosas dualistas, que fracionam as concepções do “todo humano” entre corpo e alma. Através da crítica ao dualismo, Blake intenta reconciliar os opostos de céu e inferno, corpo e alma e, em um paralelo, poesia e pintura. Como referencial teórico e crítico, utilizaremos autores como Bosi, Frye, Makdisi e Wolfson.
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