Caroço de dendê (1997), de Beata de Yemonjá - a memória e identidade negra através das divindades iorubás

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/el.2011v8.e25622

Palavras-chave:

Candomblé, Literatura afrobrasileira, Identidade negra, Memória

Resumo

Todo um legado afro-negro foi, no Brasil, preservados na forma do maior representante da religiosidade africana: o Candomblé. Perpetuado pelos rituais, pelas músicas, pelas folhas, pela língua, pelos aspectos trazidos de vários lugares de África e apresentadas na literatura afro sobre um foco – a religião de matriz africana. Neste sentido, analisar-se-á a expressão literária de Mãe Beata de Yemonjá, sacerdotisa de candomblé. Observar-se-á, nas suas narrações, que os mitos da tradição e a memória coletiva são delineadores do seu estilo de construção literária, e que a valorização do culto aos deuses iorubás, os orixás, é fundamental para a preservação da identidade e herança negra.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Silvio Ruiz Paradiso, Universidade Estadual de Londrina - UEL

Doutorando em Estudos Literários pela Universidade Estadual de Londrina - UEL

Referências

BERND, Zilá. Introdução à literatura negra. São Paulo: Brasiliense, 1988.

CAPUTO, Stela Guedes; PASSOS, Mailsa. Cultura e conhecimento em terreiros de Candomblé: lendo e conversando com Mãe Beata de Yemonjá. Currículo sem Fronteira, v.7, n.2, p.93-111, Jul/Dez 2007.

CARDOSO, Vânia. Introdução à Caroço de Dendê. In: YEMONJÁ, Mãe Beata. Caroço de dendê: a sabedoria dos terreiros: como ialorixás e babalorixás passam conhecimentos a seus filhos. Rio de Janeiro: Pallas, 2008.

EVARISTO, Conceição. Literatura negra: uma poética de nossa afrobrasilidade. 1996. Dissertação (Mestrado em Literatura Brasileira) – Departamento de Letras, Pontifícia Universidade Católica, Rio de Janeiro, 1996.

HALBWACHS, Maurice. A memória coletiva. São Paulo: Vértice, 1990.

IANNI, Octávio. Literatura e consciência. Revista São Paulo em perspectiva, São Paulo, n.2, v.2, p.30 –34, abril/junho, 1988.

KESSEL, Zilda. Memória e Memória Coletiva. Museu da pessoa. Disponível em: http://www.museudapessoa.net/oquee/biblioteca/zilda_kessel_memoria_e_memoria_coletiva.pdf. Acesso em: 2 jun. 2009.

LUFT, Celso Pedro. Minidicionário Luft. São Paulo: Ática, 2001.

MAIA, Mônica. Pesquisa analisa candomblé com proposta antropológica inovadora. FAPERJ, 2007. Disponível em: http://www.faperj.br/boletim_interna.phtml?obj_id=3615. Acesso em: 26 mai. 2009.

ORTIZ, Renato. A morte branca do feiticeiro negro: umbanda, a integração de uma religião numa sociedade de classes. Petrópolis: Vozes. 1978.

PINHEIRO, Giovanna Soalheiro. As Heranças Africanas na Narrativa de Mãe Beata de Yemonjá - Mitologia, autoria, oralidade. Disponível em http://www.letras.ufmg.br/literafro/autores/maebeata/maebeatacritica01.pdf. Acesso em: 01 nov. 2010.

PRANDI, Reginaldo. Mitologia dos Orixás. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.

SAMPAIO, André. Contos de Mãe Beata de Yemonjá: Tradição Oral no Candomblé. Revista África e Africanidades, n. 2, ago. 2008.

SODRÉ, Muniz. A verdade seduzida - por um conceito de cultura no Brasil. Rio de Janeiro: Editora Codecri, 1983.

VERGER, Pierre. Notas sobre o culto aos orixás e voduns. Tradução: Carlos Eugênio Marcondes de Moura, do original de 1957. Eduspu: São Paulo, 2000.

YEMONJÁ, Mãe Beata de. Caroço de dendê - a sabedoria dos terreiros: como ialorixás e babalorixás passam conhecimentos a seus filhos. Rio de Janeiro: Pallas, 2008.

Downloads

Publicado

2011-02-22

Como Citar

Paradiso, S. R. (2011). Caroço de dendê (1997), de Beata de Yemonjá - a memória e identidade negra através das divindades iorubás. Estação Literária, 8(1Supl.), 25–33. https://doi.org/10.5433/el.2011v8.e25622

Edição

Seção

Artigos do Dossiê Temático