Literatura e canção: a arte na ecologia do sertão e do sertanejo
DOI:
https://doi.org/10.5433/el.2021v28.e44920Palabras clave:
Literatura, Canção, Ecologia Humana.Resumen
A arte (literatura, poesia, música) configura-se como um forte elemento à interpretação da realidade. Nesse sentido, este artigo tem como objetivo interpretar, sob o método da Análise do Discurso de Linha Francesa e da perspectiva Ecocrítica - que estuda as imbricações entre a Arte e a Ecologia -, a temática da seca com base nos romances regionalistas O Quinze, de Rachel de Queiroz, e Vidas Secas, de Graciliano Ramos, na interface com a canção Asa Branca, de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, trazendo à tona representações da Ecologia do Sertão e do Sertanejo. Apresenta, como principais resultados, a dualidade da Ecologia do Sertão: ora adversa, despertando, no sertanejo, sentimentos topofóbicos; ora aprazível, suscitando uma relação afetiva topofílica do homem com o lugar habitado. Somado a isso, observa-se que as relações sociais em que o sertanejo está inserido são pautadas, predominantemente, pelo legado da colonialidade do poder, do saber e do ser.
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