Social fantasy and the dialectic of desire of patrimonialist rationality in the short story "O Programa", by Machado de Assis
DOI:
https://doi.org/10.5433/el.2021v27.e42997Keywords:
Machado de Assis, Social fantasy, LiteratureAbstract
The purpose of this paper is to demonstrate the results of a research whose purpose is to broaden the dialogue between Machado's literary production of short stories and the patrimonialist political culture of the II Reinado (1840-1889), having Lacanian materialism as a theoretical-critical anchorage. The object of analysis of this paper is the short story "O programa" (1883), whose protagonist puts into circulation libidinal investments to conquer a political career. We sought to elucidate this libidinal economy based on the notions of social fantasy, object a, dialectics of desire and big Other, as studied by philosopher Slavoj Žižek, while demonstrating that the internal coherence of the narrative is constituted from the structural reduction of patrimonialist domination.Downloads
Download data is not yet available.
References
BARRETO FILHO, José. Introdução a Machado de Assis. Rio de Janeiro: Agir, 1980.
BOSI, Alfredo. Passagem para a interpretação literária. In: BOSI, Alfredo. Ideologia e contraideologia: temas e variações. São Paulo: Companhia das Letras, 2010. p. 394-397.
CANDIDO, Antonio. Esquema de Machado de Assis. In: CANDIDO, Antonio. Vários Escritos. Rio de Janeiro: ouro sobre azul, 2004. p. 15-32.
CANDIDO, Antonio. Dialética da malandragem. In: CANDIDO, Antonio. O Discurso e a Cidade. Rio de Janeiro: ouro sobre azul, 2015. p. 19-54.
CANDIDO, Antonio. De cortiço a cortiço. In: CANDIDO, Antonio. O Discurso e a cidade. Rio de Janeiro: ouro sobre azul, 2015. p. 121-153.
CALDEIRA, Jorge. O agônico relógio das delícias. In: CALDEIRA, Jorge. A nação mercantilista. São Paulo: Ed. 34, 1999. p. 367-391.
CHALHOUB, Sidney. Machado de Assis, historiador. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.
CRESTANI, João Luís. O perfil editorial da revista A Estação: Jornal ilustrado para a família. Revista da Anpoll, v. 1, n. 5, p. 323-353, 2008.
DIXON, Paul. Os contos de Machado de Assis: mais do que sonha a filosofia. Porto Alegre: Movimento, 1992.
FAORO, Raymundo. Os Donos do Poder: formação do patronato político brasileiro. Porto Alegre: Globo, 1984.
FAORO, Raymundo. Machado de Assis: a pirâmide e o trapézio. São Paulo: Globo, 2001.
FINK, Bruce. Ciência e psicanálise. In: FELDSTEIN, Richard; FINK, Bruce; JAANUS, Maire (Orgs.). Para Ler o Seminário 11 de Lacan: os quatro conceitos fundamentais. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1997. p. 68-79.
GLEDSON, John. Os contos de Machado de Assis: o machete e o violoncelo. In: ASSIS, Joaquim M. Machado de. Contos: uma antologia. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. v.1, p. 15-55.
GLEDSON, John. Por um novo Machado de Assis: ensaios. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.
GUIMARÃES, Hélio de Seixas. Machado de Assis, o escritor que nos lê. As figuras machadianas através da crítica e das polêmicas. São Paulo: Ed. UNESP, 2017.
JAMESON, Fredric. A interpretação: a literatura como ato socialmente simbólico. In: O inconsciente político: a narrativa como ato socialmente simbólico. São Paulo: Ática, 1992. p. 15-102.
LACAN, Jacques. O seminário, livro 16: de um outro ao outro. Tradução: Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: Zahar, 2008.
LACAN, Jacques. Subversão do sujeito e dialética do desejo. In: Escritos. Rio de Janeiro: Zahar, 1998. p. 807-841.
LUKÁCS, Georg. Narrar ou descrever? (contribuição para uma discussão sobre o naturalismo e o formalismo). In: LUKÁCS, Georg, Ensaios sobre literatura. Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira, 1965. p. 43-94.
MACHADO DE ASSIS, Joaquim Maria. O programa. In: MACHADO DE ASSIS, Joaquim Maria. Obra Completa. v.2, organizado por Afrânio Coutinho. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1997. p. 908-923.
MACHADO DE ASSIS, Joaquim Maria. Memórias Póstumas de Brás Cubas. In: MACHADO DE ASSIS, Joaquim Maria. Obra Completa. Organizado por Afrânio Coutinho. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1997. p. 511-640.
QUINET, Antonio. Um olhar a mais: ver e ser visto na psicanálise. Rio de Janeiro: Zahar, 2004.
SAFATLE, Vladimir. Introdução a Jacques Lacan. 4. ed. rev. atual. Belo Horizonte: Autêntica, 2017.
SAFATLE, Vladimir. Por uma crítica libidinal. In: SAFATLE, Vladimir. Cinismo e falência da crítica. São Paulo: Boitempo, 2008. p. 113-145.
SAFATLE, Vladimir. A política do real de Slavoj Žižek. In: ŽIŽEK, Slavoj. Bem-vindo ao deserto do Real!. São Paulo: Boitempo, 2003. p. 179-191.
SILVA, Marisa Corrêa. Materialismo Lacaniano. In: BONNICI, Thomas; ZOLIN, Lúcia Osana (Orgs.). Teoria literária: abordagens históricas e tendências contemporâneas. Maringá: Eduem, 2009. p. 211-216.
SCHWARZ, Roberto. Ao vencedor as batatas: forma literária e processo social nos inícios do romance brasileiro. 5. ed. São Paulo: Duas Cidades; Ed. 34, 2000.
SCHWARZ, Roberto. A sorte dos pobres. In: SCHWARZ, Roberto. Um mestre na periferia do capitalismo: Machado de Assis. São Paulo: Duas Cidades, 1990. p. 81-109.
SCHWARZ, Roberto. A pulga no cachorro. Jornal Folha de São Paulo, 28 de mar. de 1999.
SCHWARZ, Roberto; GIANOTTI, José Arthur; OLIVEIRA, Francisco de et al. Machado de Assis: um debate. Novos Estudos CEBRAP, São Paulo, n. 29, mar., p. 59- 84, 1991.
VITORINO, Artur José Renda. Patrimonialismo e finanças: política monetária de liberais e conservadores no Segundo Reinado brasileiro. Revista de História Regional, v. 15, n. 1, p. 131-168, 2010.
ŽIŽEK, Slavoj. Interrogando o Real. Tradução: Rogério Bettoni. Belo Horizonte: Autêntica, 2017.
ŽIŽEK, Slavoj. Primeiro como tragédia, depois como farsa. Tradução: Maria Beatriz de Medina. São Paulo: Boitempo, 2011.
ŽIŽEK, Slavoj. Los siete velos de la fantasía. In: El Acoso de las Fantasías. Tradução: Francisco Lopéz Martín. Madrid: Akal, 2011. p. 7-52.
ŽIŽEK, Slavoj. Como ler Lacan. Tradução: Maria Luiza X. Borges. Rio de Janeiro: Zahar, 2010.
ŽIŽEK, Slavoj. A visão em paralaxe. Tradução: Maria Beatriz de Medina. São Paulo: Boitempo, 2008.
ŽIŽEK, Slavoj. Arriscar o impossível: conversas com Žižek. Tradução: Vera Ribeiro. São Paulo: Martins Fontes, 2006.
ŽIŽEK, Slavoj. Como Marx inventou o sintoma? In: Žižek, Slavoj (Org.). Um mapa da ideologia. Tradução: Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: Contraponto, 1996. p. 297-332.
ŽIŽEK, Slavoj. Eles não sabem o que fazem: o sublime objeto da ideologia. Tradução: Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: Zahar, 1992.
ŽIŽEK, Slavoj. O mais sublime dos histéricos: Hegel com Lacan. Tradução: Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: Zahar, 1991.
BOSI, Alfredo. Passagem para a interpretação literária. In: BOSI, Alfredo. Ideologia e contraideologia: temas e variações. São Paulo: Companhia das Letras, 2010. p. 394-397.
CANDIDO, Antonio. Esquema de Machado de Assis. In: CANDIDO, Antonio. Vários Escritos. Rio de Janeiro: ouro sobre azul, 2004. p. 15-32.
CANDIDO, Antonio. Dialética da malandragem. In: CANDIDO, Antonio. O Discurso e a Cidade. Rio de Janeiro: ouro sobre azul, 2015. p. 19-54.
CANDIDO, Antonio. De cortiço a cortiço. In: CANDIDO, Antonio. O Discurso e a cidade. Rio de Janeiro: ouro sobre azul, 2015. p. 121-153.
CALDEIRA, Jorge. O agônico relógio das delícias. In: CALDEIRA, Jorge. A nação mercantilista. São Paulo: Ed. 34, 1999. p. 367-391.
CHALHOUB, Sidney. Machado de Assis, historiador. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.
CRESTANI, João Luís. O perfil editorial da revista A Estação: Jornal ilustrado para a família. Revista da Anpoll, v. 1, n. 5, p. 323-353, 2008.
DIXON, Paul. Os contos de Machado de Assis: mais do que sonha a filosofia. Porto Alegre: Movimento, 1992.
FAORO, Raymundo. Os Donos do Poder: formação do patronato político brasileiro. Porto Alegre: Globo, 1984.
FAORO, Raymundo. Machado de Assis: a pirâmide e o trapézio. São Paulo: Globo, 2001.
FINK, Bruce. Ciência e psicanálise. In: FELDSTEIN, Richard; FINK, Bruce; JAANUS, Maire (Orgs.). Para Ler o Seminário 11 de Lacan: os quatro conceitos fundamentais. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1997. p. 68-79.
GLEDSON, John. Os contos de Machado de Assis: o machete e o violoncelo. In: ASSIS, Joaquim M. Machado de. Contos: uma antologia. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. v.1, p. 15-55.
GLEDSON, John. Por um novo Machado de Assis: ensaios. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.
GUIMARÃES, Hélio de Seixas. Machado de Assis, o escritor que nos lê. As figuras machadianas através da crítica e das polêmicas. São Paulo: Ed. UNESP, 2017.
JAMESON, Fredric. A interpretação: a literatura como ato socialmente simbólico. In: O inconsciente político: a narrativa como ato socialmente simbólico. São Paulo: Ática, 1992. p. 15-102.
LACAN, Jacques. O seminário, livro 16: de um outro ao outro. Tradução: Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: Zahar, 2008.
LACAN, Jacques. Subversão do sujeito e dialética do desejo. In: Escritos. Rio de Janeiro: Zahar, 1998. p. 807-841.
LUKÁCS, Georg. Narrar ou descrever? (contribuição para uma discussão sobre o naturalismo e o formalismo). In: LUKÁCS, Georg, Ensaios sobre literatura. Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira, 1965. p. 43-94.
MACHADO DE ASSIS, Joaquim Maria. O programa. In: MACHADO DE ASSIS, Joaquim Maria. Obra Completa. v.2, organizado por Afrânio Coutinho. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1997. p. 908-923.
MACHADO DE ASSIS, Joaquim Maria. Memórias Póstumas de Brás Cubas. In: MACHADO DE ASSIS, Joaquim Maria. Obra Completa. Organizado por Afrânio Coutinho. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1997. p. 511-640.
QUINET, Antonio. Um olhar a mais: ver e ser visto na psicanálise. Rio de Janeiro: Zahar, 2004.
SAFATLE, Vladimir. Introdução a Jacques Lacan. 4. ed. rev. atual. Belo Horizonte: Autêntica, 2017.
SAFATLE, Vladimir. Por uma crítica libidinal. In: SAFATLE, Vladimir. Cinismo e falência da crítica. São Paulo: Boitempo, 2008. p. 113-145.
SAFATLE, Vladimir. A política do real de Slavoj Žižek. In: ŽIŽEK, Slavoj. Bem-vindo ao deserto do Real!. São Paulo: Boitempo, 2003. p. 179-191.
SILVA, Marisa Corrêa. Materialismo Lacaniano. In: BONNICI, Thomas; ZOLIN, Lúcia Osana (Orgs.). Teoria literária: abordagens históricas e tendências contemporâneas. Maringá: Eduem, 2009. p. 211-216.
SCHWARZ, Roberto. Ao vencedor as batatas: forma literária e processo social nos inícios do romance brasileiro. 5. ed. São Paulo: Duas Cidades; Ed. 34, 2000.
SCHWARZ, Roberto. A sorte dos pobres. In: SCHWARZ, Roberto. Um mestre na periferia do capitalismo: Machado de Assis. São Paulo: Duas Cidades, 1990. p. 81-109.
SCHWARZ, Roberto. A pulga no cachorro. Jornal Folha de São Paulo, 28 de mar. de 1999.
SCHWARZ, Roberto; GIANOTTI, José Arthur; OLIVEIRA, Francisco de et al. Machado de Assis: um debate. Novos Estudos CEBRAP, São Paulo, n. 29, mar., p. 59- 84, 1991.
VITORINO, Artur José Renda. Patrimonialismo e finanças: política monetária de liberais e conservadores no Segundo Reinado brasileiro. Revista de História Regional, v. 15, n. 1, p. 131-168, 2010.
ŽIŽEK, Slavoj. Interrogando o Real. Tradução: Rogério Bettoni. Belo Horizonte: Autêntica, 2017.
ŽIŽEK, Slavoj. Primeiro como tragédia, depois como farsa. Tradução: Maria Beatriz de Medina. São Paulo: Boitempo, 2011.
ŽIŽEK, Slavoj. Los siete velos de la fantasía. In: El Acoso de las Fantasías. Tradução: Francisco Lopéz Martín. Madrid: Akal, 2011. p. 7-52.
ŽIŽEK, Slavoj. Como ler Lacan. Tradução: Maria Luiza X. Borges. Rio de Janeiro: Zahar, 2010.
ŽIŽEK, Slavoj. A visão em paralaxe. Tradução: Maria Beatriz de Medina. São Paulo: Boitempo, 2008.
ŽIŽEK, Slavoj. Arriscar o impossível: conversas com Žižek. Tradução: Vera Ribeiro. São Paulo: Martins Fontes, 2006.
ŽIŽEK, Slavoj. Como Marx inventou o sintoma? In: Žižek, Slavoj (Org.). Um mapa da ideologia. Tradução: Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: Contraponto, 1996. p. 297-332.
ŽIŽEK, Slavoj. Eles não sabem o que fazem: o sublime objeto da ideologia. Tradução: Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: Zahar, 1992.
ŽIŽEK, Slavoj. O mais sublime dos histéricos: Hegel com Lacan. Tradução: Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: Zahar, 1991.
Downloads
Published
2021-09-17
How to Cite
Silva, R. L. S. da. (2021). Social fantasy and the dialectic of desire of patrimonialist rationality in the short story "O Programa", by Machado de Assis. Estação Literária, 27, 115–140. https://doi.org/10.5433/el.2021v27.e42997
Issue
Section
Artigos da Seção Livre
License
A revista se reserva os direitos autorais sobre as contribuições publicadas, sem retribuição material para o autor, podendo disponibilizá-las on-line no modo Open Access, mediante sistema próprio ou de outros bancos de dados; também poderá efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com o intuito de manter o padrão culto da língua, contando com a anuência final dos autores. As opiniões emitidas pelos autores são de sua exclusiva responsabilidade.
