Vozes, canções e memórias: a poética de Hilda Hilst nos acervos digitais

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/el.2021v28.e45018

Palavras-chave:

Memória, Acervos biobibliográficos, Poesia, Vozes, Hilda Hilst.

Resumo

A escritora Hilda Hilst tem seus poemas musicados por Adoniran Barbosa e Zeca Baleiro em momentos diferentes. Percebemos que essas canções passam a fazer parte dos acervos biobibliográficos hilstianos. Neste artigo, apresentamos as práticas mnemônicas compreendidas nesses acervos. Buscamos entender como a poética hilstiana versionada em canções pode corroborar a difusão e a preservação sociocultural da obra literária da escritora. Neste estudo de caso, apresentam-se as contribuições de pesquisadores dos aspectos socioculturais e arquivísticos da memória. Espera-se demonstrar como essas práticas mnemônicas podem contribuir para a disseminação da poética hilstiana e suas respectivas canções também nos fluxos digitais.

Biografia do Autor

Débora Regina Bacega, Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM)

Doutoranda em Comunicação e Práticas de Consumo, Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), São Paulo, Brasil. 

Referências

ANGIOLILLO, Francesca. Zeca Baleiro busca voz e música para versos de amor de Hilda Hilst. In. Folha de S. Paulo. 25 abr. 2001 Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq2504200117.htm Acesso em: 10 nov. 2021.

ASSMANN, Aleida. Espaços da recordação: formas e transformações da memória cultural. Campinas: Editora Unicamp, 2011.

BACEGA, Débora Regina. Jogar verso, bordar memória, cantar poética: a pandemia de Covid-19 e as mulheres do Vale do Jequitinhonha. Dispositiva - Revista do Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da Faculdade de Comunicação e Artes da PUC Minas, v. 9, p. 107-123, 2020.

BACEGA, Débora Regina. A escritora Hilda Hilst, o editor Massao Ohno, as artes literárias e o fazer-memória nos fluxos digitais. Manuscrítica Revista de Crítica Genética USP, v. 44, p. 17-29, 2021.

BALEIRO, Zeca. Ode descontínua e remota para flauta e oboé. De Ariana para Dionísio: poemas de Hilda Hilst musicados por Zeca Baleiro. São Paulo: Saravá Discos, SR V008, 2005. Disponível em: http://zecabaleiro.com.br/discos-e-afins Acesso em: 22 out 2021.

BALEIRO, Zeca. “Uma das grandes alegrias da vida foi ter me tornado parceiro desta poeta urgente e apaixonada”. 08. mar. 2021. Instagram: @zbaleiro. Disponível em: https://www.instagram.com/p/CMKt5tgHdVt/ Acesso em: 10 nov. 2021.

BILENKY, Olga. “Ode descontínua e remota: agora obscena!”. [Depoimento ao blog do] Instituto Hilda Hilst, Campinas, [201-]. Disponível em: http://www.hildahilst.com.br/blog/ode-descontinua-e-remota-agora-obscena Acesso em: 22 out. 2021.

CURADORIA HILST. Disponível em www.youtube.com/c/CuradoriaHilst Acesso em: 14 abr. 2021.

CURADORIA HILST. “Diários da Casa do Sol: Zeca Baleiro e a poesia musicada de Hilda Hilst” YouTube, 24 nov. 2020. Disponível em: https://youtu.be/dYR2_pEVjBo Acesso em: 12 nov. 2021.

CURADORIA HILST. “Diários da Casa do Sol: Zeca Baleiro canta Hilda Hilst numa Ode Descontínua e Remota” YouTube, 30 nov. 2020. Disponível em: https://youtu.be/gTXKjG-yUbI Acesso em: 12 nov. 2021.

CURADORIA HILST. “Diários da Casa do Sol: Hilda Hilst para Zeca Baleiro e Zélia Duncan” YouTube, 21 abr. 2021. Disponível em: https://youtu.be/ZUWckoeSIC4 Acesso em: 12 nov. 2021.

DINIZ, Cristiano. (org.). Fico besta quando me entendem: entrevistas com Hilda Hilst. Biblioteca Azul. São Paulo: Editora Globo, 2013.

FERREIRA, Jerusa Pires. Cultura é memória. Revista USP, n. 24, p. 114-120, fev. 1995. ISSN 2316-9036. Disponível em: http://www.revistas.usp.br/revusp/article/view/27032/28806. Acesso em: 10 out. 2021.

FERREIRA, Jerusa Pires. Matrizes Impressas do Oral: Conto russo no Sertão. São Paulo: Ateliê Editorial, 2014.

FUENTES, Daniel. A gestão de um legado. Cult. São Paulo: Editora Bregantini, nº 233, p. 38-41, abr. 2018.

HILST, Hilda. Júbilo, memória, noviciado da paixão. São Paulo: Massao Ohno Editor, 1974.

HILST, Hilda. Balada de Alzira. In. HILST, Hilda. Da poesia. 1ª ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2017a.

HILST, Hilda. Presságio. In. HILST, Hilda. Da poesia. 1ª ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2017b.

HILST, Hilda. Júbilo, memória, noviciado da paixão. São Paulo: Companhia das Letras, 2018.

INSTITUTO HILDA HILST [Site/Blog]. Disponível em: http://www.hildahilst.com.br/ Acesso em: 08 abr. 2021

ITAÚ CULTURAL [Site] Ocupação Hilda Hilst. Disponível em: https://www.itaucultural.org.br/ocupacao/hilda-hilst/ Acesso em: 10 nov. 2021

LOTMAN, Iúri. La Semiosfera I. Madrid: Cátedra, 1996.

MASSI, Augusto (org.). Fernando Lemos Hilda Hilst. São Paulo: Edições Sesc, 2018.

MUGNAINI JR, Ayrton. Adoniran: dá licença de contar... São Paulo: Editora 34, 2002.

RICOEUR, Paul. A memória, a história, o esquecimento. Campinas: Editora Unicamp, 2007.

SELIGMANN-SILVA, Márcio (org.). História Memória Literatura: o testemunho na era das catástrofes. Campinas: Editora Unicamp, 2003.

SELIGMANN-SILVA, Márcio. A escritura da memória: mostrar palavras e narrar imagens. Remate de Males, Campinas, jan./jul, nº 26, 2006

YATES, Frances. A arte da memória. Campinas: Editora Unicamp, 2007.
YIN, Robert K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2010.

Downloads

Publicado

2022-03-10

Como Citar

Bacega, D. R. (2022). Vozes, canções e memórias: a poética de Hilda Hilst nos acervos digitais. Estação Literária, 28, 166–184. https://doi.org/10.5433/el.2021v28.e45018

Edição

Seção

Artigos do Dossiê Temático