Representações da sociedade brasileira em <i>A noiva do condutor
DOI:
https://doi.org/10.5433/el.2021v28.e44883Palavras-chave:
Noel Rosa, Arnold Glückmann, A noiva do condutorResumo
Este artigo analisa as letras do compositor carioca Noel Rosa (1910-1937), feitas para a opereta A noiva do condutor, de Arnold Glückmann (1894-1951). Ao pôr em cena a relação entre a elite financeira e uma família de classe média da sociedade brasileira da década de 1930, as canções desta opereta efetuam uma forte crítica à hipocrisia dos relacionamentos amorosos pautados pelo interesse econômico. O aporte teórico às reflexões aqui empregadas baseia-se sobretudo na biografia de Noel (João Máximo; Carlos Didier, 1990), nas categorias “ordem/desordem” (Antonio Candido, 2015), “nebulosa” (Roberto Reis, 1987) e “ralé” (Jessé Souza, 2017) — as duas primeiras pertencentes às discussões sobre literatura; a última à esfera da sociologia.
Downloads
Referências
CANDIDO, Antonio. Dialética da malandragem. In: CANDIDO, Antonio. O discurso e a cidade. 5. ed. Rio de Janeiro: Ouro Sobre Azul, 2015. p. 17-46.
JUBRAN, Omar (Org.). Noel pela primeira vez: discografia completa. [s.l.]: Funarte/Velas, 2000. Caixa com 14 CD e um livreto.
LEITÃO, Luiz Ricardo. Noel Rosa: poeta da Vila, cronista do Brasil. 2. ed. São Paulo: Expressão Popular, 2011.
MÁXIMO, João; DIDIER, Carlos. Noel Rosa, uma biografia. Brasília: Editora Universidade de Brasília; Linha Gráfica Editora, 1990.
REIS, Roberto. A permanência do círculo: hierarquia no romance brasileiro. Niterói: Eduff; [Brasília]: INL, 1987.
SOUZA, Jessé. A elite do atraso: da escravidão à Lava Jato. Rio de Janeiro: Leya, 2017.
TINHORÃO, José Ramos. Música popular: teatro e cinema. Petrópolis: Vozes, 1972.
TINHORÃO, José Ramos. Pequena história da música popular: segundo seus gêneros. 7. ed. São Paulo: Ed. 34, 2013.
VENEZIANO, Neyde. De pernas pro ar: o teatro de revista em São Paulo. São Paulo: Imprensa Oficial, 2006.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Estação Literária
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
A revista se reserva os direitos autorais sobre as contribuições publicadas, sem retribuição material para o autor, podendo disponibilizá-las on-line no modo Open Access, mediante sistema próprio ou de outros bancos de dados; também poderá efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com o intuito de manter o padrão culto da língua, contando com a anuência final dos autores. As opiniões emitidas pelos autores são de sua exclusiva responsabilidade.