A paródia bíblica da liberdade existencial em a paixão segundo G. H., de Clarice Lispector
DOI:
https://doi.org/10.5433/el.2019v23.e35708Palavras-chave:
Intertextualidade, Bíblia, Existencialismo, Liberdade.Resumo
O artigo analisa as relações intertextuais entre o romance de Clarice Lispector e a Bíblia. O tema da liberdade existencial emerge na medida em que o dilema de G. H. surge quando se depara na situação em ter que ingerir ou não barata que matou. Nessa perspectiva, o trabalho explora situações análogas em que a barata funciona como um símbolo parodiado do fruto proibido do paraíso. Assim, G. H. escolhe romper com as prescrições morais que classificam o inseto como alimento interditado e imundo e, quando ingere o inseto, realiza uma revelação em seu íntimo. O artigo dialoga ainda com referências que discorrem sobre a intertextualidade e o existencialismo.
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