Da morte social ao dia em que Quincas Berro Dágua foi passear na morada de Iemanjá e nunca mais voltou

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/el.2017v20.e31039

Palavras-chave:

Mito, Jorge Amado, Tradição do candomblé.

Resumo

Este texto analisa as mortes acometidas ao protagonista da novela A morte e a morte de Quincas Berro Dágua, de Jorge Amado, a saber: a física –trata da morte natural, quando as funções fisiológicas e neurológicas do corpo não funcionam; a social – quando a personagem sai do seio familiar e passa a viver nas ruas em bebedeiras, isolado e esquecido pela família e pela sociedade; e a mítica – a mais controversa, pois acontece após o anúncio da morte física, na qual encontram-se representados mitos do candomblé. Conclui-se que as mortes representam, ao mesmo tempo, denúncia e crítica à sociedade, como também a materialização dos mitos afro-brasileiros.

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Biografia do Autor

Jares Gomes Lima, Universidade Federal do Espirito Santo - Ufes

Doutorando em Estudos Linguísticos  pela Universidade Federal do Espirito Santo - Ufes

Fernando Reis de Sena, Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC

Mestrando em Letras pela Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC

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Publicado

2017-12-01

Como Citar

Lima, J. G., & Sena, F. R. de. (2017). Da morte social ao dia em que Quincas Berro Dágua foi passear na morada de Iemanjá e nunca mais voltou. Estação Literária, 20, 231–243. https://doi.org/10.5433/el.2017v20.e31039

Edição

Seção

Artigos da Seção Livre