Da morte social ao dia em que Quincas Berro Dágua foi passear na morada de Iemanjá e nunca mais voltou
DOI:
https://doi.org/10.5433/el.2017v20.e31039Palavras-chave:
Mito, Jorge Amado, Tradição do candomblé.Resumo
Este texto analisa as mortes acometidas ao protagonista da novela A morte e a morte de Quincas Berro Dágua, de Jorge Amado, a saber: a física –trata da morte natural, quando as funções fisiológicas e neurológicas do corpo não funcionam; a social – quando a personagem sai do seio familiar e passa a viver nas ruas em bebedeiras, isolado e esquecido pela família e pela sociedade; e a mítica – a mais controversa, pois acontece após o anúncio da morte física, na qual encontram-se representados mitos do candomblé. Conclui-se que as mortes representam, ao mesmo tempo, denúncia e crítica à sociedade, como também a materialização dos mitos afro-brasileiros.
Downloads
Referências
AMADO, Jorge. Mar morto. 80. ed. Rio de Janeiro: Record, 2001.
AUGRAS, Monique. O duplo e a metamorfose: a identidade mítica em comunidade nagô. 2. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008. (Coleção Identidade Brasileira)
BELLATO, Roseney; CARVALHO, Emília Campos de. O jogo existêncial e a ritualização da morte. Revista Latino-Americana de Enfermagem, v. 13, n. 1, 2005. Disponível em: http://www.revistas.usp.br/rlae/article/view/2000. Acesso em: 13 set 2017.
BERND, Zilá. Literatura e identidade nacional. Porto Alegre: Ed. da Universidade/ UFRG, 1992. (Síntese universitária; 36).
ELIADE, Mircea O sagrado e o profano: a essência das religiões. Trad. Rogério Fernandes. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
FERREIRA, Isabel Maria da Cunha. A morte em quatro narrativas brasileiras da segunda metade do século 20. 2006. 179 fls. Dissertação (Mestrado) - Faculdade de Letras da Universidade do Porto, Portugal. 2006. Disponível em: https://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/13043/2/tesemestmorte000069331.pdf. Acesso em: 13 set 2017.
PAULINO, Graça; WALT, Ivete; CASA NOVA, Vera. A questão dos gêneros literários. In: PAULINO, Graça; WALT, Ivete. (Org.) Literatura na escola: teoria da literatura na escola. Belo Horizonte, MG: Lê, 1994, p.37-53.
PRANDI, Reginaldo. Exu, de mensageiro a diabo: sincretismo católico e demonização do orixá Exu. Revista USP, São Paulo, n. 50, p. 46-63, jun./ago. 2001. Disponível em: http://www.revistas.usp.br/revusp/article/view/35275. Acesso em: 13 set 2017.
SCHWARCZ, Lilia Moritz. O artista da mestiçagem. In: GOLDSTEIN, Ilana Seltzer; SCHWARCZ, Lilia Moritz (Org.). O universo de Jorge Amado: orientações para o trabalho em sala de aula. São Paulo: Companhia de Letras, 2009. (Caderno de Leituras, Coleção Jorge Amado).
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
A revista se reserva os direitos autorais sobre as contribuições publicadas, sem retribuição material para o autor, podendo disponibilizá-las on-line no modo Open Access, mediante sistema próprio ou de outros bancos de dados; também poderá efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com o intuito de manter o padrão culto da língua, contando com a anuência final dos autores. As opiniões emitidas pelos autores são de sua exclusiva responsabilidade.