Imagem e palavra: o jogo surreal das fotografias em Nadja, de André Breton

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/el.2017v19.e30720

Palavras-chave:

Surrealismo, Nadja, Fotografia

Resumo

Este trabalho tem por finalidade compreender a inserção de fotografias na obra Nadja (1928), de André Breton. Embora o próprio autor afirme que elas seriam usadas para eliminar o excesso de descrição, percebe-se que desempenham outras funções. Elas podem representar um portal entre o mundo real e o mundo surreal presentes no romance, formando um paralelo entre a palavra e a imagem. Assim, através de um jogo intertextual elas seriam o elo que remete o leitor à realidade, mas também o induz a observar o mundo sob outro ponto de vista, mais inusitado que o das fotografias puramente documentais.

 

Biografia do Autor

Elenara Walter Quinhones, Universidade Federal de Santa Maria - UFSM

Doutoranda em Letras pela Universidade Federal de Santa Maria - UFSM

Enéias Farias Tavares, Universidade Federal de Santa Maria - UFSM

Doutor em Letras pela Universidade Federal de Santa Maria - UFSM

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Publicado

2017-09-12

Como Citar

Quinhones, E. W., & Tavares, E. F. (2017). Imagem e palavra: o jogo surreal das fotografias em Nadja, de André Breton. Estação Literária, 19, 92–105. https://doi.org/10.5433/el.2017v19.e30720

Edição

Seção

Artigos do Dossiê Temático