No caminho das máscaras: uma leitura de Da morte. Odes mínimas (2003) de Hilda Hist
DOI:
https://doi.org/10.5433/el.2015v15.e26091Palavras-chave:
Hilda Hilst, Morte, Nomeação, MáscaraResumo
Este artigo pretende analisar alguns poemas que nomeiam a morte no livro Da morte. Odes mínimas(2003) de Hilda Hilst, considerando as reflexões questionadoras que se instalam de maneira precária, pois ao tentar dizer a morte, o eu lírico, ao instalar-se como “ato fundador”, dá-lhe um sentido que muitas vezes lhe escapa. A morte se disfarça (se mascara), o poema torna-se um espaço de apreensão, em que a voz e a palavra poética se amarram a nomes que se revelam perturbadores do indizível, permanecendo a palavra da incompreensibilidade e muitas vezes a voz do silêncio. Tudo é fronteiriço. A insuficiência da linguagem diante da morte torna-se reflexão e o desejo de captar os mistérios insondáveis da morte torna-se (im) possibilidade de “perfazer a viagem de retorno da alma ao pó”. Desse modo, o trabalho em questão irá promover um estudo, nos poemas XIX e XXIII, sobre a nomeação da morte nestes, esperando perceber os elementos representativos da morte.
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