Adolescência: fratura e reconstrução identitária frente a um pai incestuoso
DOI:
https://doi.org/10.5433/2236-6407.2020v11n3suplp146Palavras-chave:
adolescência, identidade, abuso.Resumo
O presente artigo tem por objetivo investigar os efeitos de uma verdade impactante, qual seja, a de que o próprio pai é um pedófilo que abusa sexualmente de seus filhos. A partir do viés psicanalítico, tentaremos compreender as reverberações identificatórias quando essa sentença é proferida durante a adolescência do sujeito – o que, sem dúvida alguma, irá tornar caótico todo o processo de elaboração do luto pela perda dos pais idealizados na infância. Apesar de não ter sido a vítima direta do pai, saber que um irmão foi molestado provoca no adolescente uma decepção ímpar. Através de um caso clínico de uma adolescente, acompanhada por uma equipe multidisciplinar, em um hospital público de alta complexidade da cidade de Buenos Aires, especializado no atendimento de crianças e adolescentes vítimas de abuso sexual, tentaremos abrir questões acerca das fraturas psíquicas e suas sequelas no reordenamento identificatório que acompanha a adolescência.
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Referências
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