As mãos acidentais como experiência estética: o paradoxo do realismo na imagem técnica

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/1984-7939.2024v21n36p172

Palavras-chave:

Imagem Algorítmica, Experiência Estética, Inteligência Artificial, Mãos

Resumo

 As mãos geradas nas imagens algorítmicas de Igi Lola Ayedun (2023), na obra “Há muito venho sonhando com imagens que nunca vi”, são o objeto de experiência estética que desencadeia este artigo. A partir do pensamento de Didi-Huberman sobre emoção e de Susan Sontag em “Contra a Interpretação”, buscamos investigar a sensação de estranhamento e desconforto que essas imagens nos provocam, refletindo também sobre o estatuto de realidade que a imagem técnica questiona em nosso imaginário. Esse ensaio sobre mãos e imagens de mãos é permeado pelas reflexões sobre seu papel com Juhani Pallasmaa, sobre erro e verdade, com Edgar Morin, Vilém Flusser e a imagem técnica, bem como a noção de imagem como relação, a partir do pensamento de Marie-José Mondzain.

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Biografia do Autor

Taís Monteiro, Universidade Federal de Pernambuco

 Mestre pela Universidade Federal do Ceará (UFC).

Eduardo Duarte, Universidade Federal de Pernambuco

Doutor em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP). Professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). 

Referências

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Publicado

2024-06-10

Como Citar

Monteiro, T., & Duarte, E. (2024). As mãos acidentais como experiência estética: o paradoxo do realismo na imagem técnica. Discursos Fotograficos, 21(36), 172–187. https://doi.org/10.5433/1984-7939.2024v21n36p172

Edição

Seção

Artigos