Registro epidemiológico e avaliação clínico-laboratorial dos pacientes acromegálicos atendidos em um centro de referência regional.

Autores/as

Palabras clave:

acromegalia, apresentação clínica, diabetes.

Resumen

A acromegalia é uma doença crônica causada pelo excesso do hormônio de crescimento (GH) e do fator de crescimento insulina-símile tipo 1 (IGF-1). Na maioria dos casos, a hipersecreção de GH é proveniente de um adenoma de hipófise. Devido à evolução insidiosa da doença, complicações multiorgânicas estão comumente presentes ao diagnóstico. Há pouca informação na literatura sobre a queixa principal do paciente que leva à avaliação clínica pelo especialista. Neste estudo, objetivou-se construir um levantamento epidemiológico da acromegalia e a análise descritiva dos dados desses pacientes atendidos na região. Foi realizada a construção de fichas de dados padronizadas para um estudo brasileiro multicêntrico observacional dos portadores de acromegalia, do qual faz parte a Universidade Estadual de Londrina. A coleta de dados foi feita no Ambulatório de Neuroendocrinologia do Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Londrina (HC/UEL), através da consulta de 25 prontuários. Do total, 68% eram mulheres e 32% eram homens, com uma prevalência de 12,7 casos por milhão de habitantes. A maioria dos casos (64%) foi diagnosticada com tempo de doença estimado menor que 5 anos. Houve associação do tempo de atraso no diagnóstico maior ou igual a 5 anos com a presença de hipertensão (p=0,05). O sintoma mais prevalente neste registro foi o crescimento de extremidades e/ou fáscies acromegálica, com uma frequência de 88%, seguido por diabetes mellitus, efeito de massa do tumor e hipertensão arterial, com prevalência de 56%, 56% e 52%, respectivamente. Não houve correlação entre as concentrações séricas de GH e IGF-1 e as comorbidades da acromegalia. A queixa principal mais referida que levou à suspeita diagnóstica foi o aumento de extremidades (60%), seguida pelo fenótipo acromegálico (36%). Concluímos que a acromegalia apresenta uma prevalência baixa na mesoregião do Norte Central Paranaense, a qual pode estar subestimada devido à ausência de registro epidemiológico brasileiro.  A caracterização da real situação da doença é importante, uma vez que permite o levantamento de informações relevantes para um melhor manejo do diagnóstico na atenção primária e encaminhamento para tratamento adequado da acromegalia.

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Biografía del autor/a

Tânia Longo Mazzuco, Departamento de Clínica Médica, Centro de Ciências da Saúde, Universidade Estadual de Londrina.

Médica endocrinologista (PhD), Docente da disciplina de Endocrinologia, Depto. de Clínica Médica e do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, CCS/UEL.

Publicado

2018-01-31

Cómo citar

Soares, L. F., Outuki, G., Miksza, D. R., Crespigio, J., da Silva Mattos, A. M., & Mazzuco, T. L. (2018). Registro epidemiológico e avaliação clínico-laboratorial dos pacientes acromegálicos atendidos em um centro de referência regional. Biosaúde, 19(1), 12–25. Recuperado a partir de https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/biosaude/article/view/29228

Número

Sección

Artigos