Fungos ocratoxigênicos e mecanismos de toxicidade da ocratoxina A.
DOI:
https://doi.org/10.5433/2525-555X.2021.v23.n2.42795Palavras-chave:
Imunotoxicidade, micotoxina, mucosa intestinal, toxicicidadeResumo
A Ocratoxina A (OTA) ou (R)-N-[(5-cloro-3,4-diidro-8-hidroxi-3-metil-1-oxo- 1H-2-benzopiran-7-il) carbonil]-L-fenilalanina possui massa molecular de 403,81 g/mol. É produzida por fungos filamentosos, por pelo menos 22 espécies de Aspergillus e 2 de Penicillium, sendo A. ochraceus a primeira espécie produtora descrita. Estes fungos são contaminantes naturais de produtos e ingredientes de origem agrícolas destinados ao consumo humano e animal, o que pode ocasionar em sérios prejuízos a saúde. A OTA é uma toxina produzida como metabólito secundário, possivelmente envolvendo duas vias de biossíntese, pelas vias de dihidro-isocumarina e L-β-fenilalanina. Uma vez ingerida, pode causar lesões, principalmente em rins, fígado, coração, pulmões, tecidos e órgãos do sistema imunológico, mucosas do trato gastrointestinal e sistema nervoso central. Pode causar tumores em rins de camundongos e ratos, sendo classificada pela Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC), no grupo 2B, como possivelmente carcinogênica para os humanos. Vários mecanismos da ação tóxica da OTA têm sido descritos na literatura, tais como; inibição de síntese de proteínas e indução de formação de espécies reativas de oxigênio (ROS) e espécies reativas de nitrogênio (RNS). A OTA também pode induzir peroxidação lipídica da membrana, apoptose celular e aumento de mediadores inflamatórios. O melhor conhecimento de seus mecanismos tóxicos a nível molecular é importante para entender os efeitos causados nos órgãos-alvo em animais e humanos.
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