Análise do uso de fitoterápicos e plantas medicinais por pacientes com câncer de mama

Resumo

Introdução: O uso de fitoterápicos e plantas medicinais vem crescendo, passando a serem utilizados por vários grupos, entre eles os pacientes oncológicos. Os pacientes com câncer de mama tendem a se mostrar abertos a quaisquer opções de tratamento para alcançar a cura ou amenizar o seu sofrimento. Objetivo: Analisar a utilização de fitoterápicos e plantas medicinais por pacientes em tratamento de câncer de mama. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, exploratório e quantitativo. Foi realizada uma entrevista com 142 pacientes atendidas em um centro de referência em oncologia no estado do Ceará entre janeiro a julho de 2017. Resultados: O estudo demonstrou que 52,11% (n=74) das pacientes afirmaram consumir algum fitoterápico ou planta medicinal. Desses, 43,24% (n=32) passaram a consumir depois do diagnóstico do câncer de mama, a fim de minimizar os sintomas do tratamento ou até mesmo da massa tumoral. Entre os fitoterápicos e plantas medicinais mais consumidas destacam-se a Annona muricata (planta da graviola) por 20,27% (n=15) das pacientes e Morinda citrifolia (Noni) por 17,57% (n=13) e Arrabidaea chica (Pariri) por 10,81% (n=8) das pacientes. Eram utilizadas em forma de chás, ervas ou extratos e consumiam no mínimo duas vezes por semana e no máximo duas vezes por dia. A falta de conhecimento sobre forma ou quantidade adequada de uso foi relatada. Conclusões: Os fitoterápicos e plantas medicinais constituem uma modalidade de terapia complementar ou alternativa e seu uso tem sido crescente por pacientes oncológicos, porém é preciso mais pesquisas científicas sobre a eficácia.