Amor, sexualidade e controle da natalidade na revista Paula durante a Unidade Popular
DOI:
https://doi.org/10.5433/1984-3356.2023v16n32p157-186Palavras-chave:
imprensa feminina, gênero, sexualidade, unidade popular, ChileResumo
Este artigo centra sua análise em uma publicação dominante no mercado da imprensa feminina de sua época, a revista chilena Paula, durante o período da Unidade Popular. Embora a imprensa feminina frequentemente tenha sido interpretada como um instrumento de reprodução de papéis de gênero tradicionais, Paula desafia essa categorização. Fundada em 1967, a revista adota uma posição ambivalente durante a Unidade Popular, pertencendo a um grupo midiático conservador, mas mantendo uma linha editorial progressista, embora não completamente. O artigo propõe uma análise qualitativa dos artigos que abordaram temas como amor, sexualidade e controle de natalidade nos números da revista publicados entre 1970 e 1973, revelando uma complexa "escrita da contradição" que recomposta parcial e ambiguamente a ordem de gênero. A revista revela tensões nas normas de gênero e lutas pela definição da legitimidade social de certas identidades e comportamentos femininos, e também atua como um espaço público feminino que aborda discussões relegadas da agenda política. Até o golpe de Estado, que marcou mudanças na revista, o sucesso comercial da Paula sugere que refletia aspirações de mudança na sociedade que não encontraram um eco político verdadeiro.
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