As pisadas do exílio através do enredo das narrativas
DOI:
https://doi.org/10.5433/1984-3356.2010v3n5p513Palavras-chave:
Exílio, Identidade, Narração, Uruguai, MéxicoResumo
O exílio é uma circunstância diferente de outras migrações, embora se assemelhe a elas na possível inserção ou alienação da sociedade receptora. É sem dúvida um processo de migração forçada que é sempre acompanhado por uma ideia e um imaginário: o desaparecimento das condições que forçaram o exílio e, portanto, o regresso. Embora não seja possível generalizar, porque não há uma experiência única de exílio e as subjetividades que a compõem são diversas, sem dúvida produz uma sensação de alienação, que pode levar à rejeição das normas culturais da sociedade; é parte de um processo de “estar em um lugar, mas pensar em outro”. No entanto, à medida que o exílio se prolonga, a experiência de adaptação para as diferentes gerações envolvidas se diversifica, desenvolvem-se vasos de comunicação, sentimentos de inclusão, de adaptação, de apego ao meio social e cultural que o local de refúgio oferecia. O presente texto se baseia em depoimentos de uruguaios exilados no México que retornaram ao seu país. Em sua narrativa, percebem-se os significados que dizem respeito à perspectiva subjetiva que provocou o “retorno” ao país de origem como sendo viável e um evento palpável. Em suma, uma incursão pela trama testemunhal explica em que medida o retorno é uma recuperação do espaço identitário almejado e o consequente abandono do espaço estrangeiro, ou seja, soma-se à perspectiva da identidade como um espaço dinâmico e relacional. construção.Downloads
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