TY - JOUR AU - Sasaki, Leonardo de Barros PY - 2018/12/18 Y2 - 2024/03/28 TI - De sines às tribos do Neón: Al Berto e o fim do mundo JF - Terra Roxa e Outras Terras: Revista de Estudos Literários JA - TerraRoxaOT VL - 36 IS - SE - Artigos DO - 10.5433/1678-2054.2018v36p88 UR - https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/terraroxa/article/view/33305 SP - 88-98 AB - O poeta Al Berto demonstrou particular interesse pela ambivalência das imagens da catástrofe, que atingem seu paroxismo na noção de fim do mundo. Sob tal perspectiva, o poema, por um lado, reveste-se da voz apocalíptica que nos anuncia o medo e o pessimismo de um tempo; e, por outro, afirma-se contra a desertificação dos afetos e em defesa da experiência particular dos sujeitos. Transitamos, dessa maneira, de uma leitura coletiva e teleológica para uma espécie de escatologia íntima, porque é justamente na intimidade que se opera e se revela o trágico desfecho. Nesse percurso, naufrágios, pestes e desastres ambientais atravessam a obra, recuperam e subvertem representações tradicionais do medo e colocam em xeque noções como as de progresso tecnológico, de segurança e de controle. Buscaremos, portanto, destacar e discutir o ímpeto poético albertiano, que, de maneira tão ostensiva, tão densa e tão obsessiva, se lançou nos abismos do medo, no dizer dos apocalipses do sujeito e na atenção vigilante de um tempo de fins/fim dos tempos. ER -