Ocorrência de moscas ectoparasitas (Diptera: Streblidae) de morcegos (Chiroptera: Mammalia) em um remanescente de floresta semidecídua no Norte do Paraná, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0367.2024v45n1p91Palavras-chave:
Índice parasitológico, Infra-comunidade, Parasitismo, PhyllostomidaeResumo
Este estudo constitui o primeiro registro de parasitismo e associações entre moscas ectoparasitas de morcegos da família Streblidae e morcegos (Chiroptera: Phyllostomidae) no Parque Estadual Floresta São Francisco (PEFSF). Os morcegos foram capturados usando redes de neblina instaladas em vários pontos ao longo da trilha de visitantes do parque. Após a coleta, os morcegos foram inspecionados em busca de ectoparasitas, que, quando encontrados, eram coletados com pinças metálicas e armazenados em frascos com álcool 70% para serem identificados posteriormente. Os morcegos capturados foram submetidos à morfometria para que as informações obtidas pudessem ajudar a identificar qual espécie de morcego era a hospedeira do ectoparasita coletado e, em seguida, foram liberados. Um total de 36 dípteros de Streblidae foram coletados, pertencentes a seis espécies de quatro gêneros: Aspidoptera falcata Wenzel, 1976; Aspidoptera phyllostomatis (Perty, 1833); Megistopoda aranea (Coquillett, 1899); Megistopoda proxima (Séguy, 1926); Paratrichobius longicrus (Miranda Ribeiro, 1907) e Trichobius. joblingi Wenzel, 1966, infestando filostomídeos de quatro espécies: Artibeus lituratus (Olfers, 1818); Artibeus planirostris (Spix, 1823); Carollia perspicillata (Linneaus, 1758) e Sturnira lilium (E. Geoffroy, 1810). As espécies mais abundantes foram Trichobius joblingi (38,89%) e Aspidoptera phyllostomatis (27,78%).
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