Até mais tarde: fidelidade de abrigo dos “Morcegos Boomerang”, Artibeus lituratus (Olfers, 1818) (Mammalia, Chiroptera)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0367.2024v45n1p27

Palavras-chave:

Chiroptera, Fêmeas, Agregação, Ecologia de poleiro

Resumo

 Os animais exibem comportamentos de sociabilidade e padrões de uso espacial que são importantes para a sobrevivência das espécies. Os morcegos são animais que apresentam padrões complexos de agregação de indivíduos, que podem variar de acordo com o sexo e a idade. A agregação pode ser explicada por mecanismos ativos ou passivos. Nesta nota comportamental, relatamos um grupo de fêmeas de Artibeus lituratus em fase reprodutiva que exibe comportamento de agregação apoiando a hipótese do mecanismo ativo. As fêmeas retornaram ao mesmo poleiro, por duas estações reprodutivas, mantendo a agregação com os mesmos indivíduos com os quais os laços sociais já foram estabelecidos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Carolina Blefari Batista, Universidade Federal de Goiás

Doutorado em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), Londrina, Paraná, Brasil. Pós-doutoranda no Departamento de Biologia Geral do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia, Goiás,

Alan Deivid Pereira, Universidade Estadual do Paraná - Unespar

Doutorado em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), Londrina, Paraná, Brasil. Professor Colaborador da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), União da Vitória, Paraná

Guilherme de Toledo Figueiredo, Universidade Estadual do Norte do Paraná - UENP

Doutorado em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), Londrina, Paraná, Brasil. Professor do Centro de Ciências Humanas e da Educação da Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP), Jacarezinho, Paraná

Isaac Passos de Lima, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Doutorado em Biologia Animal pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Seropédica, Rio de Janeiro, Brasil. Pesquisador Associado do Laboratório de Mastozoologia do Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde (ICBS) da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Seropédica, Rio de Janeiro

Referências

Allen GM. Bats. Massachusetts: Harvard University Press; 1939.

Barclay RMR, Harder LD. Life histories of bats: lifein the slow lane. In: Kunz TH, Fenton MB, editors. Ecology. Chicago: University of Chicago Pres; 2003. p. 209-53.

Batista CB, Reis NR, Rezende MI. Nutritional content of bat-consumed fruits in a forest fragment in Southern Brazil. Braz J Biol. 2017;77(2):244-50. doi: 10.1590/1519-6984.10115.

Berger-Tal O, Polak T, Oron A, Lubin Y, Kotler BP, Saltz D. Integrating animal behavior and conservation biology: a conceptual framework. Behav Ecol. 2011;22:236-9. doi: 10.1093/beheco/arq224.

Bonaccorso RJ, Arends A, Genoud M, Cantoni D, Morton T. Thermal ecology of moustached and ghost-faced bats (Mormoopidae) in Venezuela. J Mammal. 1992;73:365-78. doi: 10.2307/1382071.

Burland TM, Wilmer JW. Seeing in the dark: Molecular approaches to the study of bat populations. Biological Reviews. 2001;76:389-409. doi: 10.1017/S1464793101005747.

Campbell P, Akbar Z, Adnan AM, Kunz TH. Resource distribution and social structure in harem-forming Old World fruit bats: variations on a polygynous theme. Animal Behav. 2006;72:687-98. doi: 10.1016/j.anbehav.2006.03.002.

Chaverri G, Kunz TH. Response of a bat specialist to the loss of a critical resource. PLoS ONE. 2011;6:e28821. doi: 10.1371/journal.pone.0028821.

Davis W H, Hitchcock HB. Biology and migration of the bat, Myotis lucifugus, in New England. J Mammal. 1965;46(2):296e313. doi: 10.2307/1377850.

Esbérard C. Diversidade de morcegos em área de Mata Atlântica regenerada no Sudeste do Brasil. Revista Brasileira de Zoociências. 2003;5(2):189-204.

Fenton MB, Rautenbach IL, Smith SE, Swanepoel CM, Grosell J, van Jaarsveld J. Raptors and bats: threats and opportunities. Animal Behav. 1994;48:9-18. doi: 10.1006/anbe.1994.1207.

Fenton MB, Simmons N. Bats: a world of science and mystery. Chicago: The University of Chicago Press; 2014.

Fenton MB. Summer activity of Myotis lucifugus (Chiroptera:Vespertilionidae) at hibernacula in Ontario and Quebec. Can J Zool. 1969;47(4):597e602. doi: 10.1139/z69-103.

Frère CH, Krützen M, Mann J, Watson-Capps JJ, Tsai YJ, Patterson EM, et al. Home range overlap, matrilineal and biparental kinship drive female associations in bottlenose dolphins. Animal Behav. 2010;80 (3):481e486. doi: 10.1016/j.anbehav.2010.06.007.

Garbino GST, Tavares VC. Roosting ecology of Stenodermatinae bats (Phyllostomidae): evolution of foliage roosting and correlated phenotypes. Mamm Rev. 2018;48(2):75-89. doi: 10.1111/mam.12114.

Gomes MN, Uieda W, Latorre MDDD. Influence of sex differences in the same colony for chemical control of vampire Desmodus rotundus (Phyllostomidae) populations in the state of Sao Paulo, Brazil. Pesq Vet Bras. 2006;26:38-43. doi: 10.1590/S0100-736X2006000100008.

Goodenough J, McGuire B, Jakob E. Perspectives on animal behaviour. 3rd ed. New York: Wiley; 2010.

Guedes PG, Silva SSP, Santos KS, Carneiro AMS, Lopes LS, Carvalho JF. Padrão reprodutivo, dieta e parasitologia de Artibeus lituratus (Olfers, 1818) (Mammalia, Chiroptera) em parques urbanos do município do rio de Janeiro (Rio de Janeiro, Brasil). Biotemas. 2020;33(2):1-16. doi: 10.5007/2175-7925.2020.e70047.

Kalka MB, Smith AR, Kalko EK. Bats limit arthropods and herbivory in a tropical forest. Science. 2008;320(5872):71. doi:10.1126/science.1153352.

Kerth G, Kiefer A, Trappmann C, Weishaar M. High gene diversity at swarming sites suggests hot spots for gene flow in the endangered Bechstein’s bat. Conserv Genet. 2003;4:491-9. doi: 10.1023/A:1024771713152.

Kerth G, Morf L. Behavioural and genetic data suggest that Bechstein’s bats predominantly mate outside the breeding habitat. Ethology. 2004;110:987-99. doi: 10.1111/j.1439-0310.2004.01040.x.

Kerth G, Perony N, Schweitzer F. Bats are able to maintain long-term social relationships despite the high fission-fusion dynamics of their groups. Proc Royal Soc B. 2011;278(1719):2761-7. doi: 10. 1098/ rspb. 2010. 2718.

Kerth G. Causes and consequences of sociality in bats. BioScience. 2008;58(8):737-46. doi: 10.1641/B580810.

Kunz TH, Hood WR. Parental care and postnatal growth in the Chiroptera. In: Krutzsch PH, Creighton EG, editors. Reproductive biology of bats. New York: Academic Press; 2000. p. 415-68.

Kunz TH. Roosting ecology of bats. In: Kunz TH, editor. Ecology of bats. New York: Plenum Press; 1982. p. 1-55.

Lewis SE. Roost fidelity of bats: a review. J Mammal. 1995;76:481-96. doi: doi.org/10.2307/1382357.

Lopes EV, Anjos LA. Composição da avifauna do campus da Universidade Estadual de Londrina, norte do Paraná, Brasil. Rev Bras Zool. 2006;23(1):145-56. doi: 10.1590/S0101-81752006000100006.

McCracken GF, Bradbury JW. Social organization and kinship in the polygynous bat Phyllostomus hastatus. Behav Ecol Sociobiol. 1981;8:1-34. doi: 10.1007/BF00302840.

McCracken GF, Wilkinson GS. Bat mating systems. In: Crichton EG, Krutzsch PH, editors. Reproductive biology of bats. San Diego: Academic Press; 2000. p. 321-62.

Santana SE, Dial TO, Eiting TP, Alfaro ME. Roosting ecology and the evolution of pelage markings in bats. PLoS ONE. 2011;6:e25845. doi: 10.1371/journal.pone.0025845.

Silveira M. A vegetação do Parque EstadualMata dos Godoy. In: Torezan JM, organizador. Ecologia do Parque Estadual Matado Godoy. Londrina: Itedes, 2006. p. 19-27.

Sunga J, Webber KMR, Humber J, Rodrigues B, Broders HG. Roost fidelity partially explains maternity roosting association patterns in Myotis lucifugus. Animal Behav. 2022;194. doi: 10.1016/j.anbehav.2022.09.008.

Vicente RF. O Parque Estadual Mata dosGodoy. In: Torezan JM, organizador. Ecologia do Parque Estadual Mata dos Godoy. Londrina: Itedes; 2006. p. 13-8.

Voss RS, Fleck DW, Strauss RE, Velazco PM, Simmons NB. Roosting ecology of Amazonian bats: evidence for guild structure in hyperdiverse mammalian communities. Am Mus Novit. 2016;3870:1-43. doi: 10.1206/3870.1.

Wilkinson GS. Reciprocal food sharing in the vampire bat. Nature. 1984;308:181-4. doi:10.1038/308181a0.

Downloads

Publicado

2024-04-26

Como Citar

1.
Blefari Batista C, Pereira AD, Figueiredo G de T, Lima IP de. Até mais tarde: fidelidade de abrigo dos “Morcegos Boomerang”, Artibeus lituratus (Olfers, 1818) (Mammalia, Chiroptera). Semin. Cienc. Biol. Saude [Internet]. 26º de abril de 2024 [citado 7º de maio de 2024];45(1):27-34. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/seminabio/article/view/49417

Edição

Seção

Artigos

Dados de financiamento