A prática de futebol recreativo no Brasil por adultos diabéticos e hipertensos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0367.2020v41n1p55

Palavras-chave:

Futebol, Recreação, Atividade motora, Diabetes mellitus, Hipertensão

Resumo

O estudo analisou a prática de futebol recreativo de brasileiros diabéticos e hipertensos adultos (18 anos de idade ou mais) e verificou a contribuição dessa modalidade para a obtenção da meta de atividade física recomendada pela Organização Mundial da Saúde. Dados transversais sobre a prática de atividade física foram obtidos do Ministério da Saúde de 2014, em que, cerca de 41.000 adultos foram entrevistados por inquérito telefônico. Aproximadamente 2,4% dos diabéticos e 3,1% dos hipertensos relataram o futebol como a principal atividade física recreativa, com predominância de homens de meia-idade (35-44 anos), casados e com nove a 12 anos de escolaridade. A maior parte deles (80%) praticavam futebol uma a duas vezes na semana com duração diária de 60 minutos ou mais. Entre os futebolistas recreativos, 80% dos hipertensos e 20% dos diabéticos realizavam atividade física suficiente. Os diabéticos necessitam ser informados sobre a importância da regularidade das atividades para maximizar os efeitos da atividade física no controle glicêmico.

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Biografia do Autor

Dartel Ferrari Lima, Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Marechal Cândido Rondon

Doutorado em Ciências pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, São Paulo, São Paulo, Brasil. Professor Permanente do Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Educação Matemática da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Marechal Cândido Rondon, Paraná, Brasil.

Lohran Anguera Lima, Santa Casa de Misericórdia de São Paulo

Médico. Especialista em Ortopedia e Traumatologia, Residente do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, São Paulo, São Paulo, Brasil.

Maria das Graças Anguera, Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Doutorado em Ciências (Medicina Preventiva) pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, São Paulo, São Paulo, Brasil. Professora Adjunta da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Marechal Cândido Rondon, Paraná, Brasil.

Adelar Aparecido Sampaio, Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Doutorado em Educação pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. Docente na Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Marechal Cândido Rondon, Paraná, Brasil.

Oldemar Mazzardo Júnior, Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Doutorado em Desenvolvimento e Aprendizagem Motora pela Universidade de Pittsburgh, Pittsburgh, Pensilvânia, Estados Unidos da América. Professor Adjunto na Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Marechal Cândido Rondon, Paraná, Brasil.

Olinda do Carmo Luiz, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

Doutorado em Ciências (Medicina Preventiva) pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, São Paulo, São Paulo, Brasil. Pesquisadora Científica do Laboratório de Investigação Médica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, São Paulo, São Paulo, Brasil.

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Publicado

2020-05-06

Como Citar

1.
Lima DF, Lima LA, Anguera M das G, Sampaio AA, Júnior OM, Luiz O do C. A prática de futebol recreativo no Brasil por adultos diabéticos e hipertensos. Semin. Cienc. Biol. Saude [Internet]. 6º de maio de 2020 [citado 27º de abril de 2024];41(1):55-66. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/seminabio/article/view/35881

Edição

Seção

Artigos