Aproximação das contabilidades societária e gerencial: o caso da depreciação nas companhias abertas que atuam no Brasil

Autores/as

  • Kelly Cristina Mucio Marques Universidade Estadual de Maringá (UEM)
  • Matheus Henrique de Oliveira Silva Universidade Estadual de Maringá (UEM)
  • Ademir Massahiro Moribe Universidade Estadual de Maringá
  • Andréa Lúcia Doná Universidade Estadual de Maringá (UEM)

Palabras clave:

Depreciação. Contabilidade Societária. Contabilidade Gerencial.

Resumen

O objetivo geral da pesquisa foi verificar as práticas usadas pelas companhias abertas para calcular e evidenciar a depreciação do imobilizado. Para tanto, foi empreendida uma pesquisa de arquivo usando-se as Notas Explicativas de companhias abertas que atuam no Brasil, referentes ao ano de 2012. Os resultados mostraram que a maioria das empresas vem adotando as normas contidas no CPC 27 e na Lei 6.404/76 em relação ao cálculo e à evidenciação da depreciação. Cerca de 95% das 293 companhias estão adotando a vida útil estimada para o cálculo da depreciação, 26% usam tanto a vida útil estimada quanto as taxas do fisco para alguns ativos e apenas duas empresas ainda usam apenas as taxas do fisco (0,007%). O método linear é o mais usado, representando 89% das empresas. O valor residual foi evidenciado em 78% dos casos. A utilização de manutenção e reparos foi evidenciada por 55% das empresas e os benefícios econômicos esperados com os ativos foram apresentados por 77% dos casos. Em relação ao uso da vida útil econômica e das informações sobre os benefícios econômicos futuros dos ativos imobilizados pela maioria das empresas, é importante ressaltar o impacto dessa informação também nas decisões gerenciais além da sua finalidade de informar os usuários externos. Essas informações são muito importantes para a política de investimentos de capital e para a construção de cenários para a tomada de decisão relativa aos ativos imobilizados. No Brasil, a maioria das empresas utilizou as taxas fiscais de depreciação e, embora ainda existam empresas que não se desvincularam completamente das mesmas, o processo de convergência parece estar se consolidando, ao menos no caso da depreciação.

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Biografía del autor/a

Kelly Cristina Mucio Marques, Universidade Estadual de Maringá (UEM)

Doutora em Controladoria e Contabilidade pela Universidade de São Paulo (USP); Professora Adjunta da Universidade Estadual de Maringá (UEM).

Matheus Henrique de Oliveira Silva, Universidade Estadual de Maringá (UEM)

Graduando da Universidade Estadual de Maringá (UEM).

Ademir Massahiro Moribe, Universidade Estadual de Maringá

Mestre Ciências Contábeis e Atuariais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP); Professor Auxiliar da Universidade Estadual de Maringá (UEM).

Andréa Lúcia Doná, Universidade Estadual de Maringá (UEM)

Mestre em Contabilidade e Controladoria pela Universidade Norte do Paraná (UNOPAR); Professor titular da Universidade Estadual de Maringá (UEM).

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Publicado

2017-03-09

Cómo citar

Marques, K. C. M., Silva, M. H. de O., Moribe, A. M., & Doná, A. L. (2017). Aproximação das contabilidades societária e gerencial: o caso da depreciação nas companhias abertas que atuam no Brasil. Revista De Estudos Contábeis, 6(10), 59–75. Recuperado a partir de https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/rec/article/view/20320

Número

Sección

Artigos