Barreiras enfrentadas por fisioterapeutas para realizar a mobilização precoce em unidades de terapia intensiva
DOI:
https://doi.org/10.47066/2177-9333.AC.2022.0054Palavras-chave:
Mobilização precoce, Terapia intensiva, FisioterapiaResumo
Introdução: A mobilização precoce (MP) na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é uma conduta segura e eficaz. Entretanto, identifica-se barreiras para sua realização, dentre elas os aspectos relacionados aos pacientes, comunicação e estrutura. Objetivo: Descrever sobre o (re)conhecimento de fisioterapeutas sobre situações clínicas, processuais, estruturais e culturais configurarem barreiras para realização da MP na UTI. Métodos: Estudo transversal, conduzido entre fevereiro e abril de 2022 em Fortaleza/CE. Participaram 50 fisioterapeutas de UTI, com um ano de experiência mínima. Os dados foram coletados por Google Forms com perguntas para caracterização da amostra e identificação das barreiras para a realização da MP. A análise descritiva foi por meio do SPSS® versão 20.0. Resultados: A maior parte eram mulheres (74,0%) e a idade média foi 37,98±9,62 anos. Cerca de 78,0% dos profissionais atuam em hospitais públicos e todos responderam que possuem conhecimento sobre MP. Sobre as barreiras, 94% identificaram que os pacientes não são muito doentes para serem mobilizados, 70,0% relataram ausência de treinamentos sobre MP na UTI onde trabalham, 50,0% dos profissionais afirmam que a falta de planejamento impede a realização da conduta e 60,0% afirmaram que a falta de conhecimento da equipe, do paciente e da família sobre os riscos e benefícios da MP não é um impedimento. Conclusão: Os fisioterapeutas identificaram importantes barreiras para a realização da MP na UTI, que vão além do domínio relacionado ao paciente. Visto isso, ressalta-se a importância de gestores mapearem estas barreiras e tomarem decisões para mudança desse cenário, tornando a MP rotina nas unidades que atuam.
Palavras-chaves: Mobilização Precoce; Terapia Intensiva; Fisioterapia.
Referências
2. Jolley SE, Regan-Baggs J, Dickson RP, Hough CL. Medical intensive care unit clinician attitudes and perceived barriers towards early mobilization of critically ill patients: a cross-sectional survey study. BMC Anesthesiology [Internet]. 2014 Dec 1;14(1):84. Available from: https://bmcanesthesiol.biomedcentral.com/articles/10.1186/1471-2253-14-84
3. Johnson K, Petti J, Olson A, Custer T. Identifying barriers to early mobilisation among mechanically ventilated patients in a trauma intensive care unit. Intensive and Critical Care Nursing [Internet]. 2017 Oct;42:51–4. Available from: https://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S0964339717301945
4. Roberts M, Johnson LA, Lalonde TL. Early Mobility in the Intensive Care Unit: Standard Equipment vs a Mobility Platform. American Journal of Critical Care. 2014 Nov 1;23(6):451–7.
5. Santos LJ dos, Silveira F dos S, Müller FF, Araújo HD, Comerlato JB, Silva MC da, et al. Avaliação funcional de pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva adulto do Hospital Universitário de Canoas. Fisioterapia e Pesquisa [Internet]. 2017 Dec;24(4):437–43. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-29502017000400437&lng=pt&tlng=pt
6. Latronico N, Gosselink R. Abordagem dirigida para o diagnóstico de fraqueza muscular grave na unidade de terapia intensiva. Revista Brasileira de Terapia Intensiva. 2015;27(3).
7. Leong YL, Chong MC, Abdul Rahman RB. Patient early mobilization: A Malaysia’s study of nursing practices. Journal of Intensive and Critical Care. 2017;03(03).
8. Hodgson CL, Capell E, Tipping CJ. Early Mobilization of Patients in Intensive Care: Organization, Communication and Safety Factors that Influence Translation into Clinical Practice. Critical Care. 2018 Dec 20;22(1):77.
9. Kress JP, Hall JB. ICU-Acquired Weakness and Recovery from Critical Illness. New England Journal of Medicine. 2014 Apr 24;370(17):1626–35.
10. Stenvall M, Olofsson B, Nyberg L, Lundström M, Gustafson Y. Improved performance in activities of daily living and mobility after a multidisciplinary postoperative rehabilitation in older people with femoral neck fracture: a randomized controlled trial with 1-year follow-up. Journal of Rehabilitation Medicine. 2007;39(3):232–8.
11. Nydahl P, Ruhl AP, Bartoszek G, Dubb R, Filipovic S, Flohr HJ, et al. Early Mobilization of Mechanically Ventilated Patients. Critical Care Medicine [Internet]. 2014 May;42(5):1178–86. Available from: http://journals.lww.com/00003246-201405000-00019
12. Berney SC, Harrold M, Webb SA, Seppelt I, Patman S, Thomas PJ, et al. Intensive care unit mobility practices in Australia and New Zealand: a point prevalence study. Crit Care Resusc. 2013 Dec;15(4):260–5.
13. Leditschke IA, Green M, Irvine J, Bissett B, Mitchell IA. What are the barriers to mobilizing intensive care patients? Cardiopulm Phys Ther J. 2012 Mar;23(1):26–9.
14. Dubb R, Nydahl P, Hermes C, Schwabbauer N, Toonstra A, Parker AM, et al. Barriers and strategies for early mobilization of patients in intensive care units. Vol. 13, Annals of the American Thoracic Society. 2016.
15. Hodgson CL, Stiller K, Needham DM, Tipping CJ, Harrold M, Baldwin CE, et al. Expert consensus and recommendations on safety criteria for active mobilization of mechanically ventilated critically ill adults. Critical Care. 2014;18(6).
16. Fontela P, Lisboa L, Forgiarini Junior L, Friedman G. Early mobilization in mechanically ventilated patients: A one-day prevalence point study in intensive care units in Brazil. Critical Care. 2017;21(1).
17. Anekwe DE, Biswas S, Bussières A, Spahija J. Early rehabilitation reduces the likelihood of developing intensive care unit-acquired weakness: a systematic review and meta-analysis. Vol. 107, Physiotherapy (United Kingdom). 2020.
18. Hunter OO, George EL, Ren D, Morgan D, Rosenzweig M, Klinefelter Tuite P. Overcoming nursing barriers to intensive care unit early mobilisation: A quality improvement project. Intensive and Critical Care Nursing. 2017;40.
19. Barber EA, Everard T, Holland AE, Tipping C, Bradley SJ, Hodgson CL. Barriers and facilitators to early mobilisation in Intensive Care: A qualitative study. Australian Critical Care. 2015;28(4).
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
A revista se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua e a credibilidade do veículo. Respeitará, no entanto, o estilo de escrever dos autores. Alterações, correções ou sugestões de ordem conceitual serão encaminhadas aos autores, quando necessário. Nesses casos, os artigos, depois de adequados, deverão ser submetidos a nova apreciação. As provas finais não serão encaminhadas aos autores. Os trabalhos publicados passam a ser propriedade da revista ASSOBRAFIR Ciência, ficando sua reimpressão total ou parcial sujeita a autorização expressa da revista. Em todas as citações posteriores, deverá ser consignada a fonte original de publicação, no caso a ASSOBRAFIR Ciência. As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.