Repercussão da compressão com descompressão brusca na mobilidade diafragmática de crianças com fibrose cística: série de casos.

Autores

  • Rafael Eger Eleotero Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), Florianópolis, SC, Brasil https://orcid.org/0000-0002-2902-7106
  • Francieli Camila Mucha Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), Florianópolis, SC, Brasil https://orcid.org/0000-0001-6315-6975
  • Bruna Weber Santos Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), Florianópolis, SC, Brasil
  • Elaine Paulin Ferrazeane Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), Florianópolis, SC, Brasil https://orcid.org/0000-0001-7306-2817
  • Tayná Castilho Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), Florianópolis, SC, Brasil https://orcid.org/0000-0001-9433-3284
  • Camila Isabel Santos Schivinski Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), Florianópolis, SC, Brasil https://orcid.org/0000-0002-6139-9727

DOI:

https://doi.org/10.47066/2177-9333.AC.2022.0055

Palavras-chave:

Pediatria, Fibrose Cística, Mobilidade Diafragmática

Resumo

Introdução: a fisiopatologia e progressão da doença pulmonar na fibrose cística (FC) determinam a necessidade de intervenções fisioterapêuticas. Dentre elas, a manobra de compressão com descompressão brusca (CDB) pode ser utilizada, sendo raras as evidências quanto a sua indicação. O efeito de sua aplicação na mobilidade diafragmática (MD) ainda é
desconhecido. Objetivo: avaliar o efeito da CDB na MD de crianças com FC. Métodos: estudo descritivo incluiu crianças de 1 a 14 anos com diagnóstico confirmado de FC. Aplicou-se os escores clínicos Cystic Fibrosis Clinical Score e Cystic Fibrosis Foundation Score para garantir estabilidade clínica no momento da intervenção. Após o registro de dados de colonização
bacteriana, genótipo e gravidade da doença pelo Escore de Schwachman-Doershuk, obtidos em prontuário, realizou-se avaliação antropométrica. Realizou-se 3 registros ultrassonográficos (NanoMax) da excursão diafragmática em respiração espontânea (T1), em decúbito dorsal elevado a 30°. Na sequência, aplicou-se 10 manobras de CDB em ápices e em bases pulmonares, bilateralmente, e registrou-se novamente 3 medidas (T2). Considerou-se o maior valor das 3, tendo estes variação máxima de 10% entre os outros valores menores. A análise estatística foi processada no software IBM SPSS® 20.0 e empregou-se análise descritiva e de frequências. Resultados: participaram 11 crianças (63,63% meninas), com média de idade de 8,38±4,64 anos. A excursão diafragmática basal apresentou uma média de 1,72±0,58 cm e, no T2, aumentou numericamente para 1,90±0,48cm. Conclusão: a maioria dos casos deste estudo demonstrou aumento numérico na MD no T2.


Palavras-chave: Pediatria; Fibrose Cística; Mobilidade Diafragmática

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Publicado

2023-02-07

Como Citar

Eleotero, R. E., Mucha, F. C., Santos, B. W., Ferrazeane, E. P., Castilho, T., & Santos Schivinski, C. I. (2023). Repercussão da compressão com descompressão brusca na mobilidade diafragmática de crianças com fibrose cística: série de casos. ASSOBRAFIR Ciência, 14, e46167. https://doi.org/10.47066/2177-9333.AC.2022.0055

Edição

Seção

Estudo de Caso

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