Conseqüências da mudança de datum na representação cartográfica direcionada para ambiente SIG

Autores

  • Vivian de Oliveira Fernandes UFBA
  • Ruth Emilia Nogueira UFSC

Palavras-chave:

SAD69, SIRGAS2000, SIG.

Resumo

Ao se pensar em alterar o estado das coisas, com o intuito de provocar melhorias utilizando novas tecnologias, metodologias e produtos, deve-se considerar a situação existente. No caso da cartografia brasileira, em virtude da migração de um referencial topocêntrico para um geocêntrico, é necessário prever os possíveis problemas decorrentes desta mudança e tentar fornecer soluções que permitam o aproveitamento daquilo que foi produzido. É preciso ainda prever possíveis conflitos entre as partes envolvidas neste processo: os produtores de informação cartográfica e os processos que poderão afetar os usuários. Vários autores têm realizado pesquisas a respeito destas implicações na cartografia em virtude da mudança de referencial geodésico: VASCONCELLOS (2005), DALAZOANA (2001), GALDINO (2006), PINO (2007), COLLIER (1996), COSTA, (1999), COSTA (2003), FEATHERSTONE (1997), VERONEZ (1998), OLIVEIRA (1998), SMITH & MOORE (1997), ZEPEDA & ORTIZ (2006), OLIVEIRA et al (2007), entre outros. Neste trabalho são apresentados os resultados de um estudo para indicar prováveis conseqüências que poderiam ocorrer num mapeamento direcionado a um Sistema de Informações Geográficas – SIG no processo de migração de referencial. Em procedimentos de análises espaciais em ambiente SIG, é necessária a adequação topológica. A estrutura topológica instrui o computador de como as feições geográficas estão conectados entre si logicamente, é baseada nas posições relativas das feições no espaço como conectividade, orientação, adjacência e contingência, determinando se duas feições interceptam-se ou não e qual o tipo de interseção existente entre elas. O armazenamento da componente topológica é responsáveis pelos relacionamentos espaciais que são funções que utilizam atributos espaciais presentes em bancos de dados para responder questões acerca do mundo real. Ao realizar uma transformação de referencial geodésico, estas estruturas podem sofrer alterações que muitas vezes não são perceptíveis pelo usuário. Outra análise realizada foi direcionada para a determinação das alterações na representação cartográfica em escala grande. Após os estudos realizados anteriormente e com as indicações quanto aos modelos de transformações, algumas simulações foram realizadas como uma maneira de constatar algumas conseqüências nos mapeamentos em estudo.

 

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Biografia do Autor

Vivian de Oliveira Fernandes, UFBA

Vivian de Oliveira Fernandes é Engenheira Cartógrafa pela Universidade Federal do Paraná (2004), Mestre em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Santa Catarina (2006) e Doutora em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Santa Catarina, na área de Cadastro Técnico e Ordenamento Territorial (2009) com Doutorado Sanduiche na Universidade de Karlsruhe na Alemanha durante os anos de 2007 e 2008. Atualmente atua como Professora Adjunta I na Universidade Federal da Bahia (UFBA) na área de Topografia, Geodésia e Geoprocessamento, é líder do Grupo de Pesquisa Análise e Representação de Informações Espaciais do Laboratório de Geomensura Theodoro Sampaio - LABGEO da POLI - UFBA e membro permanente do Mestrado em Engenharia Ambiental Urbana da UFBA desde 2010.

Ruth Emilia Nogueira, UFSC

Possui graduação em Engenharia Cartográfica pela Universidade Federal do Paraná (1983), mestrado em Geografia pela Universidade Federal de Santa Catarina (1991) e doutorado em Engenharia Florestal pela Universidade Federal do Paraná (2000). Atualmente é professor associado 2 da Universidade Federal de Santa Catarina. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Cartografia, atuando principalmente nos seguintes temas: Cartografia, Cartografia Tátil e Escolar, Sensoriamento Remoto e SIG aplicados aos estudos ambientais.

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Publicado

2010-12-04