As religiões afrodescendentes no ensino de História: a série Mojubá, contribuindo para uma educação antirracista

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/2238-3018.2020v26n1p261

Palavras-chave:

Religiões de matrizes africanas, Educação antirracista, Autoestima das crianças negras

Resumo

O presente artigo tem o objetivo de analisar um material didático-pedagógico que pode ser direcionado para professores, a série mojubá, voltada para uma abordagem positiva e não estereotipada das religiões afrodescendentes, buscando contribuir para uma possível implementação de uma educação antirracista por meio do ensino de história, colaborando assim com uma educação plural e o respeito à diversidade. Esse material pretende dar suporte aos educadores no processo de formação continuada, atendendo a demanda da Lei 10.639/03 no tocante ao tratamento das histórias e culturas africanas e afro-brasileiras, especificamente suas religiosidades. A formação da identidade brasileira contém inúmeros elementos africanos e afro-brasileiros, portanto, as religiões afrodescendentes também estão inseridas nesse contexto de valorização dos elementos associados às culturas negras.

 

Métricas

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Caio Isidoro Silva, Unesp - FCL de Assis

Mestre em História pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” - Faculdade de ciências e letras de Assis.  Professor  da Rede pública estadual de São Paulo. Professor de Ensino Fundamental I na rede municipal de Agudos, estado de São Paulo.

Referências

A COR DA CULTURA. Sobre o projeto. [Rio de Janeiro]: A cor do projeto, c2013. Disponível em: http://www.acordacultura.org.br/oprojeto. Acesso em: 13 maio 2020.

ABREU, Martha; MATTOS, Hebe. Em torno das “diretrizes curriculares nacionais para a educação das relações étnico-raciais e para o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana”: uma conversa com historiadores. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, v. 21, n. 41, p. 5-20, jan./jun. 2008.
ALBERTI, Verena; PEREIRA, Amílcar Araújo. Histórias do movimento negro no Brasil. Rio de Janeiro: Pallas: CPDOC-FGV, 2007.

BASTOS, Pedro Paulo Z.; FONSECA, Pedro Cezar D. (org.). A Era Vargas: desenvolvimentismo, economia e sociedade. São Paulo: Editora Unesp, 2012.

BRAGA, Júlio. Fuxico de candomblé. Feira de Santana: Editora UEFS, 1998.

BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF: Presidência da República, 1988.

BRASIL. Decreto n. 847, de 11 de Outubro de 1890. Promulga o Codigo Penal. [S. l.]: Governo Provisorio da Republica dos Estados Unidos do Brazil, 1890. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/CCivil_03/decreto/1851-1899/D847.htmimpressao.htm. Acesso em: 26 de maio de 2020.

BRASIL. Lei n. 10.639, de 9 de Janeiro de 2003. Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira", e dá outras providências. Brasília: Presidência da República, 2003. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/2003/L10.639.htm. Acesso em: 26 maio 2020.

BRASIL. Lei n. 11.645, de 10 Março de 2008. Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei no 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”. Brasília: Presidência da República, 2008. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11645.htm. Acesso em: 26 maio 2020.

BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de Dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília: Presidência da República, 1996. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9394.htm. Acesso em: 26 maio 2020.

BRASIL. Ministério da Educação. Base nacional comum curricular. Brasília: MEC, 2017. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/. Acesso em: 27 maio 2020.

BRASIL. Ministério da Educação. Documentários do Canal Futura tratam da tradição de religiões africanas. Brasília: MEC, 2005. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/proinfantil/apresentacao?task=view&id=4902. Acesso em: 27 maio 2020.

BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília: MEC, 1997. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro01.pdf. Acesso em: 26 maio 2020.

BRASIL. Ministério dos Direitos Humanos. Secretaria Nacional de Cidadania. Relatório sobre intolerância e violência religiosa no Brasil (2011-2015): resultados preliminares. Brasília: Secretaria Nacional de Cidadania, 2018. Disponível em: https://www.gov.br/mdh/pt-br/navegue-por-temas/liberdade-de-religiao-ou-crenca/publicacoes-1/RelatoriosobreIntoleranciaeViolenciaReligiosanoBrasilExpediente2.pdf. Acesso em: 26 maio 2020.

BRASIL. Ministério da Educação. Plano Nacional das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileiras e Africana. Brasília: MEC, 2009. Disponivel em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=10098-diretrizes-curriculares&Itemid=30192. Acesso em: 26 maio 2020.

COSTA, Hilton. Para construir um outro olhar: notas sobre o ensino de história e cultura africana e afro-brasileiras. Revista História Hoje, São Paulo, v. 1, n. 1, p. 217-232, 2012.

DOMINGUES, Petrônio. Movimento negro brasileiro: alguns apontamentos históricos. Tempo: Revista do Departamento de História da UFF, Niterói, v. 12, p. 113-136, 2007.

GOMES, Nilma Lino. Educação, relações étnico-raciais e a Lei 10.639/03: breve reflexões. In: BRANDÃO, Ana Paula (org.). Modos de fazer: caderno de atividades, saberes e fazeres. Rio de Janeiro: Fundação Roberto Marinho, 2010. p. 19-26.

GONZALEZ, Lélia. O movimento negro na última década. In:GONZALEZ, Lélia; HASENBALG, Carlos (org.). Lugar de negro. Rio de Janeiro: Editora Marco Zero, 1982, pp. 09-66.

HEIDEMANN, Francisco; SALM, José Francisco. Políticas públicas e desenvolvimento: bases epistemológicas e modelos de análise. 2. ed. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2010.

LIRA, Rozalves de; MELO, Maria do Carmo de. Ensinar a história com a religiosidade: afrodescendentes e a Lei 10.639/03. Revista Retratos da Escola, Brasília, v. 11, n. 21, p. 677-695, jul./dez. 2017.

MEZZOMO, Frank Antônio. Nós e os outros: proselitismo e intolerância religiosa nas igrejas neopentecostais. Fênix - Revista de História e estudos culturais, Uberlândia, ano 5, v. 5, n. 1, jan./mar. 2008.

MOJUBÁ. Programas. [S. l.]: Mojubá, c2010. Disponível em: http://antigo.acordacultura.org.br/mojuba/programas. Acesso em: 27 maio 2020.

MORETTIN, Eduardo; NAPOLITANO, Marcos; KORNIS, Mônica Almeida (org.). História e documentário. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2012.

MUNANGA, Kabengele; GOMES, Nilma Lino. A produção cultural e artística dos negros no Brasil: religiosidade negra, resistência político-cultural. In: O negro no Brasil de hoje. São Paulo: Editora Global, 2006. p. 139-151.

NAPOLITANO, Marcos. Fontes audiovisuais: a história depois do papel. In: PINSKY, Carla B. (org.). Fontes históricas. São Paulo: Editora Contexto, 2006. p. 254-273.

ORLANDI, Eni P. Dispositivo de análise. In: ORLANDI, Eni P. Análise de discurso. 8. ed. Campinas: Pontes, 2009. p. 57-92.

PEREIRA, Amílcar Araújo. “O mundo negro” a constituição do movimento negro contemporâneo no Brasil (1970-1995). 2010. Tese (Doutorado em História) - Instituto de Ciências Humanas e Filosofia ,Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2010.

RIBEIRO, Matilde. Institucionalização das políticas de promoção da igualdade racial no Brasil: percursos e estratégias – 1986 a 2010. 2013. Tese (Doutorado em Serviço Social) –Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2013.

SANT’ANNA, Wânia. Marco conceitual: do projeto A cor da cultura. [Rio de Janeiro]: A cor da cultura, 2005. Disponível em: http://www.acordacultura.org.br/sites/default/files/documentos/Marco%20Conceitual.pdf. Acesso em: 27 maio 2020.

SARAIVA, Adriana. População chega a 205,5 milhões, com menos brancos e mais pardos e pretos. Agência IBGE Notícias, [Rio de Janeiro], 24 nov. 2017. Disponível em: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/18282-pnad-c-moradores.html. Acesso em:7 set. 2018.

SCHWARCZ, Lilia M. O espetáculo das raças: cientistas, instituições e pensamento racial no Brasil: 1870-1930. São Paulo: Companhia das Letras, 1993.

SILVA, Petronilha. Aprendizagem e ensino das africanidades brasileiras. In: Superando o racismo na escola. 2ª ed. MUNANGA Kabenguele. (Org.). Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, 2005, pp. 155-170.

SILVA, Caio Isidoro da. Políticas públicas para o enfrentamento do racismo religioso (2003-2006). 2020. Dissertação (Mestrado em História) - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Assis, 2020.

SILVA, Eliane Moura da. Religião, diversidade e valores culturais: conceitos teóricos e a educação para a cidadania. Rever – Revista de Estudos da Religião, São Paulo, n. 2, p. 1-14, 2004.

SOUSA, Ricardo Alexandre Santos de. A extinção dos brasileiros segundo o conde Gobineau. Revista Brasileira de História da Ciência, Rio de Janeiro, v. 6, n. 1, p. 21-34, jan | jun 2013.

Downloads

Publicado

2020-09-30

Como Citar

Silva, C. I. (2020). As religiões afrodescendentes no ensino de História: a série Mojubá, contribuindo para uma educação antirracista. História & Ensino, 26(1), 261–281. https://doi.org/10.5433/2238-3018.2020v26n1p261

Edição

Seção

Artigos