Formação territorial da região da Grande Dourados: colonização e dinâmica produtiva
DOI:
https://doi.org/10.5433/2447-1747.2009v18n2p89Resumo
Este artigo propõe uma reflexão sobre as transformações territoriais ocorridas na Região da Grande Dourados, em virtude do processo de colonização e da dinâmica da estrutura produtiva no campo que revelam novas relações sociais, econômicas e dinâmicas geográficas. Aborda-se as transformações territoriais, tendo como parâmetro de análise a criação e a desenvolvimento da Colônia Agrícola Nacional de Dourados (CAND) implementada no final da década de 1940, por meio de políticas de colonização, como forma de garantir a ocupação territorial, a desconcentração populacional dos grandes centros urbanos, além de proporcionar a integração regional e o avanço do capital agrícola. O Estado representando pela Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (SUDECO) teve papel importante nesse processo. Desta forma, a partir da à análise do município de Dourados/MS, que compõe a antiga área da CAND, contextualizou-se sua implementação e seu desenvolvimento, podendo assim, compreender a estrutura agrícola estabelecida e as redefinições que estão se dando na dinâmica regional, a partir da intensificação do modo industrial de produzir no campo associado ao cultivo do binômio soja/trigo desde final da década de 1970 e, mais recentemente, o avanço do agronegócio canavieiro na região, pressupondo desde já, uma nova configuração territorial.
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