TODOS OS CAMINHOS LEVAM A ROMA: A CARTOGRAFIA DOS CÉSARES, TÁBUA PEUTINGER E OS LIMITES DO ESPAÇO

Autores

  • Maurício Waldman Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo - FFLCH-USP Fundação de Apoio a Pesquisa do Estado de São Paulo - FAPESP

DOI:

https://doi.org/10.5433/2447-1747.2013v22n1p59

Palavras-chave:

Tabula peutingeriana, Cartografia romana, História da cartografia, Imaginário espacial, Geografia cultural.

Resumo

A Cartografia antiga é um vasto manancial de acesso ao conhecimento tradicional do espaço, um estudo que não tem recebido a justa atenção que merece. Este paper, centrado numa memorável peça cartográfica com origem na antiguidade clássica – a Tabula Peutingeriana ou Tábua Peutinger – propõe uma avaliação que busca explicitar os arrazoados que justificaram sua elaboração, observando-a não somente como um material técnico, mas igualmente na sua declinação civilizatória e cultural. Como se sabe, a Tabula Peutingeriana se refere ao mapeamento da notável rede de caminhos que cruzavam o império romano, uma malha viária sem igual no mundo antigo. Iniciativa respaldada por sortido conjunto de motivações econômicas, sociais e políticas, esta rede de comunicações, sendo a razão de ser da Tábua Peutinger, é discutida em conformidade com a meta de esclarecer as motivações que regem sua representação cartográfica, assim como seus significados geográficos, históricos e culturais. Consistindo num mapa-múndi, o manuscrito, por ser revelador das acepções postadas no comando do imaginário espacial romano, permite traçar analogias e distanciamentos mantidos com outras elaborações cartográficas, tanto as do mundo tradicional quanto da modernidade. Por isso mesmo, o paper que segue busca, na discussão de uma notável peça cartográfica da antiguidade, divisar os sentidos que de igual modo, governam a relação do homem contemporâneo com o espaço, sua percepção e representação.

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Biografia do Autor

Maurício Waldman, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo - FFLCH-USP Fundação de Apoio a Pesquisa do Estado de São Paulo - FAPESP

Maurício Waldman é professor universitário, pesquisador, consultor ambiental e escritor. Correntemente desenvolve na FFLCH-USP seu 2º Pós Doutorado, com projeto de pesquisa centrado na temática dos Recursos Hídricos na área de Relações Internacionais (RI). Contextualizada em Angola, a investigação tem financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e supervisão do Professor Livre Docente Fernando Augusto Albuquerque Mourão. Pari passu, Waldman atua como Consultor Internacional ad-hoc da AFRO-CHAMBER: Câmara de Comércio Afro-Brasileira e como colunista da revista Brasil Angola Magazine. Em termos do reconhecimento do seu trabalho, em 2011 Maurício Waldman foi indicado como Finalista do PRÊMIO JABUTI 2011 no quesito melhor livro de Ciências Naturais, repercussão da obra Lixo: Cenários e Desafios (Cortez, 2010). Também em 2011, participou como interlocutor de referência no programa Água: O Mundo e um Recurso Precioso, produção especial da RÁDIO NAÇÕES UNIDAS transmitida diretamente de Nova York. Em 2010, com base em avaliação de pesquisadores dos EUA, Waldman integrou lista de 96 personalidades brasileiras com origem judaica, publicada em BRAZILIAN JEWS (Books LLC, USA: Memphis, Tennessee, 2010). Em 2004, em enquete do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento - CEBRAP - figurou como um dos 30 ambientalistas mais antigos do Estado de São Paulo. A trajetória de Waldman firmou-se em três esferas: no meio acadêmico, na administração pública e no ativismo social. Waldman foi assessor de Chico Mendes e Coordenador do Comitê de Apoio aos Povos da Floresta entre 1988 e 1992. Na gestão pública, atuou em 2000 como Chefe da Coleta Seletiva de Lixo da capital paulista e entre 1990-1992, como Secretário do Meio Ambiente de São Bernardo do Campo. Maurício Waldman é autor (ou co-autor) de 15 livros, centrados basicamente nos campos do conhecimento geográfico e antropológico. Dentre as temáticas, destacam-se as das ciências ambientais e da africanidade. Sua mais recente contribuição editorial é a participação na coletânea Sustainable Water Management in the Tropics and Subtropics: Case Studies (coedição Brasil-Alemanha). Nessa obra, Waldman é responsável pelo Capítulo 53, Vol. 4 - Waters of Metropolitan Area of São Paulo: Tecnichal, Conceptual and Environmental Aspects - com foco na questão das águas doces da Grande São Paulo. Maurício Waldman é Pós-Doutor pelo Depto de Geografia do Instituto de Geociências da UNICAMP, com pesquisa centrada na questão dos Resíduos Sólidos (2010-2011). Sequencialmente possui Doutorado em Geografia Humana pela Universidade de São Paulo (2006), Mestrado em Antropologia Social pela Universidade de São Paulo (1997) e Graduação e Licenciatura em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo (1982). Tem experiência no magistério em pós-graduação na área ambiental, particularmente em teorias ambientais e do desenvolvimento, assim como em Resíduos Sólidos e Recursos Hídricos. Na UNICAMP, atuou em 2010 como Professor da Disciplina Geografia da África (Tópico Especial). É Colaborador do Centro de Estudos Africanos da USP (CEA-USP) e contribuiu com o Geocarto - Website de Geografia e Cartografia (USP). Detém experiência e/ou pesquisa nas áreas de Magistério em nível superior, Educação e Formação Especial, Produção de Texto e Sistema Editorial, Marketing, Gestão Ambiental, Gerenciamento de Resíduos Sólidos, Abastecimento Metropolitano de Água, Planejamento Urbano, Afro-educação e Tradução (Inglês/Português e Castelhano/Português). Temas principais: Meio Ambiente, Regiões Metropolitanas, Recursos Hídricos, Resíduos Sólidos, Matriz Energética, Globalização, Relações Internacionais, África Subsaariana, Tempo-Espaço, Topologia, Cartografia Antiga, Cartografia de África, Ecologia Doméstica, Conflitos Sociais, Imaginário, Cidadania & Políticas de Inclusão. Textos, trabalhos e outras informações - Ver Home Page de Maurício Waldman: www.mw.pro.br

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Publicado

2014-05-26

Como Citar

Waldman, M. (2014). TODOS OS CAMINHOS LEVAM A ROMA: A CARTOGRAFIA DOS CÉSARES, TÁBUA PEUTINGER E OS LIMITES DO ESPAÇO. GEOGRAFIA (Londrina), 22(1), 59–77. https://doi.org/10.5433/2447-1747.2013v22n1p59

Edição

Seção

Artigos