Gênesis, permanência e memória no poema “Árvore de Arthur Camilo”, de Edimilson de Almeida Pereira

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/el.2021v27.e42665

Palavras-chave:

Arturos, Gênesis, Memória, Edimilson de Almeida Pereira

Resumo

O presente artigo debruça-se sobre a poética de Edimilson de Almeida Pereira, a partir da análise do poema “A Árvore dos Arturos”, cujos ancestrais busca rememorar por meio de sua árvore genealógica. A Comunidade Negra dos Arturos surge em Contagem-MG, com o “tronco véio” Arthur Camilo Silvério, filho de Camilo Silvério da Silva e Felisbina. Este poema retrata a gênesis dos Arturos deste Camilo Silvério e Felisbina, fortalecendo-se na figura de Arthur Camilo e Carmelinda, e permanecendo na memória de seus descendentes com as vivências da Comunidade e, principalmente, dos ritos e preceitos da Congada que transcende a linha tênue entre céus e terra, mito e real, assim se fez a Comunidade Negra dos Arturos, assim são os Arturos.

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Biografia do Autor

Manoela Fernanda Silva de Matos, Universidade Federal do Mato Grosso do Sul - UFMS

Doutoranda em Estudos Literários pwla Universidade Federal do Mato Grosso do Sul - UFMS

Referências

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Publicado

2021-09-17

Como Citar

Matos, M. F. S. de. (2021). Gênesis, permanência e memória no poema “Árvore de Arthur Camilo”, de Edimilson de Almeida Pereira. Estação Literária, 27, 9–26. https://doi.org/10.5433/el.2021v27.e42665

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Artigos da Seção Livre