Antígona e a ditadura militar brasileira: intensificando um debate de ideias
DOI:
https://doi.org/10.5433/el.2018v22.e33239Palavras-chave:
Antígona, Ditadura Civil Militar Brasileira, Tragédia Grega, Coletivo Calcanhar de Aquiles.Resumo
O presente estudo propõe uma investigação acerca da obra Antígona, de Sófocles, vinculada à montagem teatral homônima do Coletivo Calcanhar de Aquiles. Na busca pela atualização do debate de ideias, como é definida por Décio de Almeida Prado a referida tragédia, o Coletivo optou pelo desenvolvimento de reflexões sobre nosso passado recente, conectando o enredo da peça ao período ditatorial brasileiro. As questões suscitadas pelo clássico grego mostraram-se pertinentes ao objetivo de investigar o percurso e as bases ideológicas que permitiram a continuidade da estrutura ditatorial aos dias de hoje e, diante disso, investir no estudo crítico da Literatura e do Teatro.
Downloads
Referências
BARKER, Sir Ernest. Teoria política grega. Brasília: Editora UnB, 1978.
BENJAMIN, Walter. Origem do drama trágico alemão. Belo Horizonte: Autêntica, 2011.
BENJAMIN, Walter. Magia e Técnica Arte e Política – Obras Escolhidas I, Tradução Sérgio Paulo Rouanet, São Paulo: Brasiliense, 1986.
BRAGA, A. E. Tese de Doutorado. As sementes de Cadmo: autoctonia, miasma, nemesis e o trágico nas tragédias do ciclo tebano. Coimbra, Portugal. 2015.
GAMA KURY, Mário. A Trilogia Tebana. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1989.
GOMES, L. D. Antígona: a persistência do mito. Revista do Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade de Passo Fundo - v. 5 , n. 1, 121-128 . 2009.
HEGEL, G.F.W. A Fenomenologia do Espírito. Tradução: Paulo Meneses. Petrópolis: Vozes, 2008.
HEGEL, G.F.W. A. Cursos de estética. Volume IV. São Paulo: Edusp, 2004.
LESKY, Albin. A Tragédia Grega. Tradução: J. Guinsburg, Geraldo Gerson de Souza e Alberto Guzik. Coleção Debates, São Paulo: Editora Perspectiva, 1990.
LUKÁCS, Gyorgy. O Romance Histórico, São Paulo: Ed. Boitempo, 2011.
LUKÁCS, Gyorgy. Arte e sociedade: escritos estéticos 1932-1967. Org., Introd. e Trad. Carlos Nelson Coutinho e José Paulo Netto. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2009.
ORWELL, George. 1984. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1998
PISCATOR, Erwin. Teatro Político. Tradução de Aldo Della Nina. Rio de Janeiro, Editora Civilização Brasileira, 1968.
PRADO, Décio de Almeida. Apresentação do Teatro Brasileiro Moderno. São Paulo: Editora Perspectiva, 2001.
PRADO, Marco Aurélio Máximo. Da mobilidade social à constituição da identidade política: reflexões em torno dos aspectos psicossociais das ações coletivas. Psicologia em Revista, Belo Horizonte, v. 8, n. 11, p. 59-71, jun. 2002.
RICOEUR, Paul. A memória, a história, o esquecimento. Editora da UNICAMP, 2007.
ROSENFELD, Anatol. Aulas de Anatol Rosenfeld (1968). A Arte do Teatro. Registradas por Neusa Martins. São Paulo: Publifolha, 2009.
ROSENFIELD, Kathrin Holzermaur. Antígona – de Sófocles a Hölderlin: por uma filosofia trágica da literatura. Porto Alegre: L&PM. 2000.
ROSENFIELD, Kathrin Holzermaur. Sófocles & Antígona. Coleção Filosofia Passo-a-passo. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003.
SAFATLE, Vladimir & TELES, Edson (Org). O Que Resta Da Ditadura. São Paulo: Boitempo, 2010.
SANTOS, J. T. Antígona: a mulher e o homem. Humanitas: Universidade de Lisboa. 1995.
SANTOS, V. S. A dimensão formativa da tragédia grega: Sófocles. Filosofando: revista de filosofia da UESB. 2013.
SELIGMANN-SILVA, Márcio. A escritura da memória: mostrar palavras e narrar imagens. Remate de Males, Revista do Departamento de Teoria Literária do IEL, UNICAMP, n. 26, v. 1 (Dossiê Literatura como uma arte da memória), p. 31-45, jan./jun. 2006.
SÓFOCLES. Édipo Rei. Antígona. Tradução de Donald Schuller. São Paulo: Martin Claret, 2005.
SÓFOCLES. Édipo Rei. A trilogia tebana: Édipo Rei, Édipo em Colono e Antígona. Trad. Mário da Gama Kury. 10. ed. Rio de Janeiro: J. Zahar. 2002.
SÓFOCLES. Édipo Rei. Antígona. Tradução de Lawrence Flores Pereira. Rio de Janeiro: Topbooks, 2006.
SÓFOCLES. Édipo Rei. Antígona. Tradução de Maria Helena da Rocha. 6ª Ed. Lisboa: Fundação Calouste Guberman, 2010.
SOUZA, Eudoro de. Leitura de Antígona. Brasília: Revista da Universidade de Brasília, 1978.
SZONDI, Peter. Ensaio sobre o Trágico. Tradução: Pedro Süssekind. Coleção Estéticas, Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004.
WILLIAMS, Raymond. Tragédia Moderna. Tradução: Betina Bischof. Coleção Cinema, Teatro e Modernidade. São Paulo: Cosac Naify, 2011.
BASTOS, Hermenegildo. Arte e vida cotidiana: a catarse como caminho para a desfetichização. Disponível em http://www.herramienta.com.ar/coloquios-y-seminarios/arte-e-vida-cotidiana-catarse-como-caminho-para-desfetichizacao. Acesso em: 02 jan. 2016
CARVALHO, José Gilardo. Os extremos da história e a violência em Walter Benjamin. Disponível em http://www.gewebe.com.br/pdf/cad09/jose_gilardo.pdf. Acesso em: 3 set. 2016
PENNA, Tiago. A nova barbárie segundo Benjamin. Disponível em https://pt.scribd.com/document/241848155/Tiago-Penna-A-Nova-barbarie-segundo-Benjamin-pdf. Acesso em: 22 set. 2016
SAFATLE, Vladimir. A Verdade Enjaulada. Disponível em http://www.cartacapital.com.br/revista/793/a-verdade-enjaulada-9436.html.Acesso em: 8 fev. 2016 .
TELES, Janaína. Mortos e Desaparecidos Políticos. Disponível em https://www.marxists.org/portugues/tematica/livros/diversos/im
punidade.pdf. Acesso em: 13 jun. 2016
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2018 Estação Literária
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
A revista se reserva os direitos autorais sobre as contribuições publicadas, sem retribuição material para o autor, podendo disponibilizá-las on-line no modo Open Access, mediante sistema próprio ou de outros bancos de dados; também poderá efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com o intuito de manter o padrão culto da língua, contando com a anuência final dos autores. As opiniões emitidas pelos autores são de sua exclusiva responsabilidade.