Á muller bailar e ó burro ornear, o diaño debeullo ensiñar: leituras sobre as bruxas e as projeções do “feminino profano” na literatura fantástica ocidental
DOI:
https://doi.org/10.5433/el.2014v13.e27080Palavras-chave:
Literatura, Gênero, Feminino, BruxariaResumo
Bruxa: mulher subversiva, que representa a profanação máxima do Sacrum Christianum; figura conhecida, vinda do infatigável “recontar” de narrativas ancestrais. O trabalho se propõe a descrever este indistinto topos, investigando e analisando a “fisiologia” desta personagem,“(re)lendo-a”, na tenção de traçar uma “anatomia” desta, que gera pavor e fascínio. As obras de corpora de análise comparativa são: A Demanda do Santo Graal (século XIII) e As bruxas de Eastwick, de John Updike (século XX). Propomos, como “mediador de leitura”, um dos mais notórios manuais inquisitoriais já escritos, o Malleus Malleficarum (século XV), de Heinrich Kraemer e James Sprenger.
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