O espaço da metrópole na poesia de Donizete Galvão

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/el.2015v15.e26098

Palavras-chave:

Donizete Galvão, Poesia, Metrópole, Espaço

Resumo

Na poesia de Donizete Galvão, podemos vislumbrar uma inquietante consciência lírica a se confrontar, permanentemente, com os percalços e mazelas da metrópole. Por um realismo poético despido de grandiloquência, Donizete, assim, desvela a cidade, desentranhando-a de toda aura, captando pequenas cenas cotidianas, cuja violência atinge o leitor numa estocada surpreendente. Nesse artigo, portanto, empreendemos uma leitura dessa cidade rasurada, iluminando os desvãos de sua escritura de asfalto e fumaça, captando, pelo olhar do poeta, sentidos metafóricos e filosóficos capazes de aclarar uma maior compreensão da escrita do autor de A carne e o tempo. 

Biografia do Autor

Alexandre Bonafim Felizardo, Universidade Estadual de Goiás - UEG

Doutor em literatura portuguesa pela Universidade de São Paulo - USP

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Publicado

2015-05-29

Como Citar

Felizardo, A. B. (2015). O espaço da metrópole na poesia de Donizete Galvão. Estação Literária, 15, 158–171. https://doi.org/10.5433/el.2015v15.e26098

Edição

Seção

Artigos do Dossiê Temático