A Preceptora em The Turn of the Screw: o anjo do lar, a prostituta e a louca
DOI:
https://doi.org/10.5433/el.2008v2.e25134Palavras-chave:
Representações do feminino, Preceptora inglesa, Repressão sexualResumo
O termo preceptora denota um deslocamento social, já que, sem face definida, a mulher não encontra na sociedade vitoriana um espelho que a identifique. Por isso, é comum associá-la à louca ou à prostituta, negando sua inserção no espaço da feminilidade. Rotular a mulher nesses termos significa excluí-la, anulando-a como Outro que não se encaixa em posição alguma. Na obra, a protagonista passa por uma crise existencial: ora mãe, ora prostituta, ora louca, a governanta transita entre querer desempenhar o papel de anjo do lar e extravasar seus desejos sexuais reprimidos. O resultado dessa batalha interna é a perda da consciência culminando na adoção de uma postura paranóica. Desse modo, pretende-se discutir como essas três funções destinadas à preceptora inglesa do século XIX acabam por dominar a jovem governanta de The Turn of the Screw fazendo dela um caleidoscópio de mulher.Downloads
Referências
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