Avaliação de um nova levedura da biodiversidade brasileira, Scheffersomyces shehatae UMFG-HM 52.2, para a conversão de pentoses em bioetanol

Autores

  • Felipe Antonio Fernandes Antunes Escola de Engenharia de Lorena - EEL- Universidade de Lorena - USP -
  • Thaís Suzane dos Santos Milessi Escola de Engenharia de Lorena - EEL - USP
  • Anuj Kumar Chandel Escola de Engenharia de Lorena - EEL - USP
  • Vinicius de Paula Moraes Escola de Engenharia de Lorena - EEL - USP
  • Carlos Augusto Rosa Universidade Federal de Minas Gerais
  • Silvio Silvério da Silva Escola de Engenharia de Lorena

DOI:

https://doi.org/10.5433/2316-5200.2013v2n4p1

Palavras-chave:

Scheffersomyces shehatae UMFG-HM 52.2, Xilose, Etanol, Fermentação

Resumo

A hemicelulose, polímero heterogêneo composto por diferentes monossacarídeos ligados em uma estrutura principal de xilose, depois da celulose, é o segundo carboidrato polimérico mais abundante na terra. A hemicelulose pode ser hidrolisada por meio termoquímico ou enzimático, em uma solução mista de açúcares, com a predominância de xilose. A bioconversão de açúcares derivados de hemicelulose em etanol é um critério importante para obter-se rendimentos satisfatórios na produção de bioetanol a partir de materiais lignocelulósicos. Entretanto, o desenvolvimento da conversão da hemicelulose em etanol requer desafios adicionais. Os microrganismos para a conversão de pentoses em etanol são poucos. Microrganismos fermentadores de xilose têm demonstrado baixos índices de assimilação e conversão de açúcares e baixa tolerância ao etanol. Esses fatores são importantes pois muitas vezes impedem a sua utilização em processos tecnológicos em larga escala. Neste contexto, a busca de novos microrganismos que assimilam eficientemente pentoses, particularmente a xilose, é uma prioridade dentro do contexto da utilização integral da biomassa lignocelulósica em etanol. Este estudo apresentou a fermentação de xilose em etanol sob cultivo em batelada por uma nova linhagem de levedura, Scheffersomyces shehatae (UMFG-HM 52.2), isolada da Mata Atlântica. A produção de etanol e o desempenho desta levedura foi avaliada em meio sintético (utilizando xilose sintética suplementada como fonte de carbono) em frascos Erlenmeyer de 125 mL a 200 rpm contendo 50 mL de meio incubado durante 72 h a 30 °C. Após 18 h de incubação, obteve-se rendimento de etanol (YP/S) de 0,39 g/g e produtividade (Qp) de 0,79 g/L. Este estudo mostrou o potencial da levedura S. shehatae UMFG-HM 52.2 como um microrganismo promissor para o processo de produção de etanol a partir de pentoses.

Biografia do Autor

Felipe Antonio Fernandes Antunes, Escola de Engenharia de Lorena - EEL- Universidade de Lorena - USP -

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Publicado

2014-03-27

Edição

Seção

Artigos Científicos